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sábado, 30 de janeiro de 2010

ALIANÇA DOS TAMOIOS

Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos


Pois bem a postagem de ontem sobre o Cacique Tibiriçá, me fez ir atrá de alguns dados históricos sobre a importância de alguns Caciques para hoje termos a nossa pátria, abaixo segue um texto sobre a Aliança do Tamoios, que foi criada por alguns Caciques.

O termo tamoios se refere a uma aliança de povos indígenas do tronco lingüístico tupi que habitavam a costa dos atuais estados de São Paulo (litoral norte) e Rio de Janeiro (Vale do Paraíba fluminense). Esta aliança, liderada pela nação tupinambá, congregava também os guaianazes e aimorés. Portanto "tamoio" não se trata de um etnônimo, ou seja, de uma tribo ou nação indígena específica.


O termo "tamoio" vem "tamuya" que em língua tupi significa "os velhos, os idosos, os anciãos", indicando que eles eram as mais antigas tribos tupis, os que mais prezavam os costumes tradicionais.

A aliança de tribos, conhecida como Confederação dos Tamoios, foi motivada pelos ataques dos portugueses e mestiços vicentinos (da atual cidade de São Vicente), liderados por João Ramalho e pelo cacique Tibiriçá, que procuravam capturar escravos entre os indígenas para trabalhar nas primeiras plantações de cana-de-açúcar.

Além das nações indígenas dos Tupinambás (Cacique Cunhambebe), Guaianazes (Cacique Jagonhara), Aimorés (Cacique Caramuru) e Temiminós (Cacique Araribóia), estiveram envolvidos os colonizadores portugueses e os franceses. Estes últimos ocuparam a Baía de Guanabara, a partir de 1555, para ali estabelecer a colônia da França Antártica.



Aimberê reuniu-se, onde hoje é o Rio de Janeiro, com os demais chefes tupinambás: Pindobuçu, da Baía de Guanabara, Cunhambembe, de Angra dos Reis, e Caoquira, de Iperoig.

Sob a liderança de Cunhambembe e com o apoio de outras nações indígenas, como os goitacases, os Tupinambás organizaram uma aliança contra os guaianases e portugueses.
Os franceses forneceram aos tupinambás armas para o confronto, visto que tinham interesse em ocupar a Baía de Guanabara.

Com a morte de Cunhambembe, durante uma epidemia, Aimberê passou a ser o líder da Confederação.
A estratégia de Aimberê consistiu em ampliar ainda mais a Confederação, de modo a incluir o apoio dos guaianases. Para isso, pediu a Jagoanharó, chefe dos guaianases e sobrinho de Tibiriçá, que o convencesse a deixar os portugueses e a se perfilar à Confederação.

Líder de maior autoridade dentro da coalizão era o cacique tupinambá Cunhambebe. Enquanto ele viveu, a coalizão antilusa foi bem sucedida tendo recebido, inclusive, apoio logístico e alguns contigentes franceses. Consta que na aldeia de Cunhambebe, no sítio da atual cidade de Angra dos Reis, havia no meio da taba uma peça de artilharia dada pelos franceses. Os jesuitas dão conta de que o cacique atirava com um canhonete por sobre o ombro. Operacional ou mero enfeite, ela seria uma evidência do poder dos tamoios.

Cunhambebe (século XVI) foi um chefe indígena Tupinambá que dominou todos os caciques Tamoios da região compreendida entre o Cabo Frio (Rio de Janeiro) e Bertioga (São Paulo). Foi aliado dos franceses que se estabeleceram na Baía de Guanabara em 1555 (França Antártica). É citado nas obras do religioso francês André Thévet ("Les singularitez de la France Antarctique", Paris, 1558) e do mercenário alemão Hans Staden, que dele foi prisioneiro entre 1554 e 1557.

Faleceu de "peste" (provavelmente varíola) após a chegada dos colonos franceses de Nicolas Durand de Villegagnon à Guanabara
 Após sua morte outro Cacique Tupinambá chamado Cacique Aimbirê tomou a direção da Alianç, Aimbirê era o Cacique que comandava toda região de Cabo Frio, Angra dos Reis e Paraty.
Os portugueses convenceram o cacique Temiminó Araribóia, que tinha sido expulso por Aimberê da ilha dos Gatos (atual Ilha do Governador, na atual cidade do Rio de Janeiro) para as bandas da capitania do Espírito Santo, a se juntar a ele em troca das terras na baía de Guanabara.


A coalizao foi enfraquecida pela saída dos Guaianases, Chefiada pelo Cacique Jagonharo, que fizeram um acordo em separado com os Jesuítas. Em 1567, os portugueses e os Temiminós destruíram a França Antártica, apesar da ajuda da Confederação dos Tamoios aos franceses (por eles chamados de maíres). Os remanescentes franceses e tamoios fugiram para a região da atual cidade de Cabo Frio. Os franceses derrotados retornaram a Europa, mas os Tupinambás prosseguiram seus ataques a recém-fundada cidade do Rio de Janeiro.


Finalmente, em 1575, uma força expedicionária de quatrocentos lusos e setecentos nativos catequizados de varias etnias cercaram a região de Cabo Frio por terra e mar. Os tupinambás tamoios se renderam e entregaram suas armas, mas os portugueses massacraram todos os índios desarmados. Foi o fim da Confederação dos Tamoios. Os Goitacases prosseguiram a luta sozinhos por vários anos em torno da atual cidade de Campos dos Goytacazes.

Mesmo com a derrota final dos Tamoios, o empreendimento colonizador português compreendeu que seria difícil usar como força de trabalho os indígenas, dadas as rivalidades entre as tribos e a permanente desvantagem numérica. A possibilidade de rebeliões e de dizimação dos assentamentos coloniais era muito alta.

Ampliou-se, então, a prática da escravidão africana, com a prática comercial do escambo, utilizando a troca de pessoas por mercadorias, segundo o modelo econômico do mercantilismo.

Que Oxalá nos abençoe sempre

Saravá  .'.

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

CABOCLO TIBIRIÇÁ

Olá irmãos


Que a paz de Oxalá esteja com todos


Pois bem seguindo as postagens sobre os Caboclos, deparei na internet com a história que não conhecia de um Indio que ficou marcado na história aqui da cidade de São Paulo, como o Cacique Araribóia que defendeu Niteroi e o Rio de Janeiro, tivemos um defensor aqui em São Paulo também o Cacique Tibiriçá.

Tibiriçá foi o primeiro índio a ser catequizado pelo padre José de Anchieta. Foi convertido e batizado pelos jesuítas José de Anchieta e Leonardo Nunes. Seu nome de batismo cristão foi Martim Affonso, em homenagem ao fundador de São Vicente. Sua data de nascimento é calculada em 1440. Seus restos mortais encontram-se na cripta da Catedral da Sé, na cidade de São Paulo.


"Maioral" ou "Vigilância da Terra", na língua Tupi, Cacique guaianás ou tupi, sendo divergentes nesse ponto as opiniões dos historiadores. Chefe de uma parte da nação indígena estabelecida nos campos de Piratininga, com sede na aldeia de Inhampuambuçu. Irmão de Piquerobi e de Caiubi, índios que salientaram durante a colonização do Brasil, o primeiro como inimigo e o segundo como grande colaborador dos jesuítas.

Teve muitos filhos. Com a índia Potira , teve Ítalo, Ará, Pirijá, Aratá, Toruí e Bartira. A índia Bartira, viria a ser mulher de João Ramalho, de quem era grande amigo e a pedido do qual defendeu os portugueses quando chegaram a São Vicente.

Em 1554, acompanhou Manuel da Nóbrega e Anchieta na obra da fundação de São Paulo, e estabeleceu-se no local onde hoje se encontra o mosteiro de São Bento, espalhando seus índios pelas imediações. A atual rua de São Bento era por esse motivo chamada primitivamente Martim Affonso (nome que fora batizado o cacique). Graças à sua influência, os jesuítas puderam agrupar as primeiras cabanas de neófitos nas proximidades do colégio. Tibiriça deu aos jesuítas a maior prova de fidelidade, a 9 de Julho de 1562 ( e não 10 como habitualmente se escreve), quando, levantando a bandeira e uma espada de pau pintada e enfeitada de diversas cores, repeliu com bravura o ataque à vila de São Paulo, efetuado pelos índios tupi, guaianás e carijós, chefiados por seu sobrinho (filho de Piquerobi) Jagoanharo.
Em 1580, Susana Dias, sua neta, fundou uma fazenda à beira do Rio Tietê, a oeste da cidade de São Paulo, próximo à cachoeira denominada pelos indígenas de "Parnaíba": hoje, é a cidade de Santana do Parnaíba.
Na Umbanda a falange do Caboclo Tibiriçá não é muito difundida, pois os espíritos desta linha são grandes guerreiros que não se prendem a trabalhos emterreiros, são grandes desbravadores e detentores da Lei Sagrada, sua falange é uma ligação entre Oxalá e Ogum, acompanham muito o Senhor Ogum Matinata.

Que Oxalá nos abençoe sempre
Saravá  .'.
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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

MEDIUNIDADE


Olá irmãos


Que a paz de Oxalá esteja com todos


Pois bem irmãos a postagem de hoje tem um assunto muito relevante, fiz um apanhado de textos sobre mediunidade, para médiuns iniciantes até pais de santo, trata-se de vários texetos de o que é como proceder, as responsabilidades enfim sobre a Mediunidade em geral.

A palavra médium, que vem do latim, significa medianeiro, que está no meio, intermediário, no caso em questão, o médium é o intermediário entre os planos físico e espiritual. Por este conceito entende-se que todas as pessoas possuem mediunidade, visto que todos, mesmo de forma inconsciente, influenciam e são influenciados pelos espíritos. Ramatís no livro Mediunísmo nos diz que:“ Todos os homens, como espíritos encarnados na matéria, são intermediários das boas ou más inspirações do Além-Túmulo.” Entretanto convencionou-se usar esta denominação apenas para aqueles nos quais os fenômenos mediúnicos se manifestam de forma mais explícita. São os chamados médiuns ostensivos.
Os estudos mais recentes sobre mediunidade e as informações trazidas do plano espiritual trouxeram uma série de esclarecimentos sobre o assunto. André Luiz esclarece que todos os fenômenos ligados à mediunidade, tem por base a mente, de onde partem as ondas psíquicas que, de acordo com a sua qualidade, irá estabelecer uma sintonia equivalente com o mundo espiritual.Assim como qualquer talento, a mediunidade é neutra, cabe ao médium escolher que uso fará dela, se optar por um caminho positivo, de auxílio ao próximo, encontrará ampla assistência da espiritualidade superior, caso contrário, estará sujeito a tornar-se vítima de obsessões dos mais diferentes tipos. Por isto é importante a evangelização e o esforço do médium.Portanto, estejam certos os médiuns que, a eles, cabe a tarefa de enobrecer o seu mediunato, através da dedicação sincera ao serviço do bem, controlando o personalismo, o orgulho, o egoísmo e a vaidade, pois “Todo homem pode tornar-se médium; mas a questão não é ser médium; é ser bom médium, o que depende das qualidades morais.”




É impressionante a pressa que alguns médiuns iniciantes tem, em mal entrar em um Terreiro de Umbanda, e já "sair incorporando".Entendemos a pressa do médium em "começar a fazer caridade", mas é fundamental que se entenda que não é somente "dando incorporação" que a caridade é feita. Além do mais, se este for mesmo o tipo de mediunidade da pessoa, há que se esperar e se certificar de inúmeros fatores antes de "colocar o médium para dar consulta".É claro que cabe ao Dirigente explicar e orientar que tudo tem seu tempo e sua hora, que o desenvolvimento mediúnico não ocorre exatamente igual com todos... mas muitas pessoas ficam dizendo que antes de entrar para o terreiro incorporavam "por nada", no trabalho, na escola, lendo, etc, praticamente exigindo ou "culpando" o Terreiro por não estar incorporando agora.
Por que isto acontece? Simples. Enquanto o médium não entra para uma corrente, a sua mediunidade fica absolutamente sem disciplina e sem doutrina, a partir do momento que ingressa, que passa a fazer parte da corrente de um terreiro, tanto médium quanto entidades passarão por um processo de adaptação e aprendizado, que visa disciplinar tanto um quanto outro. Além do mais, como ter certeza que era realmente incorporação e não simples animismo, ou descontrole emocional e nervoso?
É fundamental esse tempo, para que todas as orientações possam ser absorvidas e compreendidas.


Apressar qualquer processo de desenvolvimento mediúnico, querer queimar etapas, que se existem, são importantes, é certamente colocar em risco todo o processo.
Lições que deveriam ser absorvidas, são apenas ultrapassadas, sem a devida confirmação de aprendizado.
Precipitar o processo pode acarretar em desânimo e frustração no futuro, pode transformar um bom médium num embusteiro, num vaidoso e talvez até fazendo com que se desvie do caminho, culpando a Umbanda pela incompetência do dirigente em explicar e orientar e do médium em esperar.
Além do mais, quando isto acontece é justamente para se ver a determinação do médium, se ele realmente deseja fazer caridade, ser umbandista, ou está apenas empolgado.
Portanto lembrem-se, quando tratamos de desenvolvimento mediúnico falamos em processo, onde a pressa é inimiga da compreensão e, conseqüentemente, da evolução.


Tenho conhecido médiuns de todo tipo. Tímido, extrovertido, amável, egoísta, dedicado, etc., etc., etc. A mediunidade não altera o caráter da pessoa, o que acontece é que a prática da mediunidade limpa, bem amparada leva a pessoa à transformação, à mudança de comportamento.

Mas o caráter do médium é único, e se veio pra essa encarnação é porque em si algo podia ser melhorado. Alguns mestres espirituais já falaram que se a espiritualidade tivesse que esperar médiuns perfeitos, não haveria religião baseada no contato extrafisico.
Somos imperfeitos, temos nossas necessidades carnais, nossos vícios e defeitos morais. Uns mais que outros, mas todos somos amparados pelo mesmo Criador, que nos vê igualmente como filhos, necessitados que somos de seu amparo.

A mediunidade é sacerdócio. Somos sacerdotes de nosso templo interior. E a quem esse templo foi consagrado? Responda você mesmo!
O médium deve saber a quem consagrou seu templo, seu coração. Se a prática da religiosidade limpa ou a prática das inbigas que tanto atrapalham nosso meio, não só o Umbandista, mas todo meio religioso.
O médium deve ter consciência que ele é o "homem de confiança" do consulente, homem não no sentido masculino da palavra, mas no sentido de ser humano. O consulente ao procurar o médium, para se consultar com o próprio ou com uma entidade incorporada, não o faz por outro motivo senão a necessidade. E ai está a importância do médium estar preparado: o consulente, a assistência. Esse é o verdadeiro motivo da prática mediúnica... a caridade; poder atender nossos irmãos necessitados.

Atentem Srs. e Sras. Médiuns! Não só os de Umbanda, mas todos que de alguma forma podem influenciar a vida das pessoas. Somos agentes de mudança de comportamento, agentes de transformação íntima das pessoas. Quando abrimos a boca para falar temos que ter na consciência que aquilo que verbalizaremos, poderá mudar a vida da pessoa, positiva ou negativamente.

Para aqueles cuja mediunidade de vidência ou clarividência é ativa, o cuidado é ainda maior. Ouvimos sempre os dirigentes sérios orientando para que todos os médiuns se preparem para os trabalhos, tomem seu banho de defesa, acendam sua velinha para o anjo da guarda, etc. Mas, elemento importante da prática mediúnica é o comportamento do médium. Imagine um cirurgião precisar beber uísque antes de exercer sua profissão. Você confiaria num dentista com sinais de embriaguez'? Claro que não!
Se você estiver limpo. sua mediunidade será limpa. um bom canal, livre de interferências. No entanto se estiver ligado aos canais do ódio, da inveja, da soberba, da fofoca, da preguiça, da teimosia, da vaidade, da traição, o que você espera canalizar'? Jesus Cristo?
Muito cuidado com aquilo que você vê, ouve ou intui. Passe sempre pelo crivo das três peneiras: Verdade, Bondade e Necessidade.
Não seja disseminador de confusão. Não fale aquilo que não tem certeza. Ou aquilo que você não gostaria que falassem de você. Pense que poderá estar sendo instrumento apenas da ilusão. E sendo iludido, iludirá também.

O médium como elo de ligação entre o visível e o invisível,deve se preocupar em mater. a serenidade mental no seu dia a dia para que pensamentos difusos são sejam cultivados porque promovem uma sintonia com entidades espirituais de baixa estirpe moral.

E o médium que com sua abundante energia é alvo dos mais atrozes ataques provenientes do baixo astral desencarnado e encarnado, há de manter um nível de pensamentos salutares procurando seleciona-los em companhia de pessoas de boa índole para que sua corrente mental o proteja das ações do baixo astral, para que sua boca pronuncie palavras limpas, e para seus ouvidos ouçam palavras harmoniosas porque é de nossa boca que emana aquilo do que nosso coração está cheio.
Muitas vezes, ele funciona como um espelho, refletindo em seu comportamento os defeitos e qualidades de seu médium. Não estamos falando aqui de mistificação nem animismo e sim de um comportamento em que pela convivência um exterioriza qualidades e defeitos do outro. Apesar de Exu ter opinião própria a manifesta em linguagem simples e direta de forma que todos entendam.

É ele a entidade mais próxima a nossa realidade e anseios materiais. Quando o médium começa a se desenvolver costuma ouvir que há a necessidade de doutrinar seu Exu. É natural que o médium não tenha doutrina no inicio de sua jornada espiritual e Exu exterioriza isso em seu comportamento, após boa doutrinação da entidade veremos a necessidade de doutrina também para o médium que acaba de chegar na casa.

Durante o desenvolvimento mediúnico é ainda natural que o Exu se apresente pedindo sua oferenda, pois sua força é potencializadora e vitalizadora da mediunidade.
Este mesmo médium que está iniciando na Umbanda encontra todo um universo novo aos seus olhos e Exu costuma ser algo intrigante e fascinante ao mesmo tempo; quando não uma entidade, força, que assusta um pouco os que não o conhecem.
... A questão é: Enquanto o médium estiver preocupado com a doutrina de “seu” exu estará também doutrinando-se, subconscientemente!
Quanto ao que pode revelar, pergunte a ele sobre seu médium e o comportamento do mesmo e verá que Exu é o primeiro a apontar os defeitos de seu “cavalo” e isto está ainda dentro da qualidade especular de Exu.


O médium consciente sabe que é médium, é mais lúcido, reconhece e admite a presença dos amigos espirituais e se assume médium mesmo perante a crítica dos fundamentalistas "espumantes" que são capazes de morder a própria língua para ofender e perpetrar àqueles que não comungam com as suas idéias estreitas.

O médium é a última milha do telefone sem fio interdimensional. O que antes fez como brincadeira de criança hoje faz como responsabilidade de adulto.
O médium não é evoluído e nem melhor, aliás muito pelo contrário, a mediunidade na maioria das vezes é apenas oportunidade kármica (dharma) de resgatar os erros do passado que pode se manifestar como fardo, como bênção ou como ambos dependendo da situação e "n" variáveis conscienciais intervenientes.
Cada médium tem um trabalho, uma tarefa ou obrigação consciencial que lhe foi gentilmente cedido pelo Alto face a seu arrependimento e vontade de mudar, mas muitos "perecem" no meio do caminho e se atolam na repetição de erros do passado. Outros tantos se estagnam e efetuam pequena fração de suas tarefas que antes tanto se entusiasmaram por fazer acreditando que seria fácil.
A mediunidade não é brincadeira, é tarefa séria e de alta responsabilidade que independe de hora, idade, local, doutrina, religião, intelectualidade ou situação financeira.


Cada médium programou para si adstrito a orientação de seus mentores e que seria melhor para si dentro do contexto evolutivo.
Mediunidade não é tarefa para os fracos e covardes, mas para os abnegados e persistentes. O Alto necessita de cada alma que se dispõe a retornar ao bem e a assumir sua tarefa de minipeça cósmica consciente frente ao Universo regido pelas leis de Deus.
A mediunidade é uma associação de vontade mais talento mais oportunidade mais responsabilidade mais renúncia a fim de ajudar a muitos outros para no fim estar ajudando mais a si próprio.
O médium vaidoso só o é porque não é lúcido e não se lembra, ou melhor, não deseja se lembrar dos erros do passado e hoje custa a admitir que sua mediunidade-trabalho-tarefa-obrigação foi implorada por ele ao Alto no período intermissivo.


Ser médium não é bonito e nem vantagem, mas é obrigação por opção voluntária endossada pelo Alto ao fim de autoburilar a conduta íntima, quitar karma no atacado, superar um novo degrau nesta íngrime escalada evolutiva da vida.
Deus não joga dados e a vida não é brincadeira, muito menos o trabalho e a mediunidade. O amor é um direito de todas as criaturas e nos parece que não temos outra opção senão ter coragem de enfrentá-lo.
Dá trabalho sim!Mas ser feliz é um trabalho que compensa. Não existe fuga para você, tu sejas médium ou não.
Aos médiuns nós sugerimos, abandonem as brincadeiras irresponsáveis e assumam seus serviços, nós precisamos de vocês. Percam a vergonha de assumir sua mediunidade tanto na frente dos ignorantes tridimensionais, como aos invejosos espiritualistas ou aos parapsiquistas multidimensionais e confiem em si.


Vale sempre a pena ser médium por mais díficil e penoso que seja o caminho para ser um médium bom devemos sempre estar nele, o médium perfeito está longe de sermos nós, mas devemos procurar ao máximo a perfeição.

"Deus não escolhe os capacitados, e sim capacita os escolhidos"

Que Oxalá nos abençoe sempre


Saravá  .'.

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

CATIMBÓ


Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos


Pois bem se vocês lembram bem, a algumas semanas uma postaem falava sobre o "Culto à Jurema" ou "Jurema Sagrada", este culto que é muito difundido no nordeste foi lembrado aqui no blog como  um culto que algumas entidades praticam quando estão em terra como por exemplo os Caboclo, mas os Baianos e Boiadeiros também praticam alguns ensinamentos destes rituais, sendo assim o Catimbó também é muito praticado dentro da Umbanda, o Mestre mais famoso é Mestre Zé Pelintra que é um grande catimbozeiro, para quem não conhece segue abaixo um esboço sobre este assunto e para quem conhece fica aqui mais um pouco de conhecimento sobre o Catimbó na Umbanda.

O Catimbó, assim como a maior parte das religiões xamânicas, é considerado um culto de transe e possessão, no qual as entidades, conhecidas como Mestres, se apoderariam do corpo do Catimbozeiro e, momentameamente, tomariam todos os domínios básicos do organismo. Entretanto, diferentemente do que ocorre na Umbanda, onde os espíritos se organizam em direita e esquerda conforme a natureza positiva ou negativa que possuam, os Mestres são relativamente neutros, podendo operar tanto boas quanto más ações. Tais Mestres seriam figuras ilustres do Catimbó, que, quando vivos, teriam realizado diversos atos de caridade por intermédio do uso de ervas e propriedades xamânicas, de modo que por ventura de sua morte, teriam sido transportados a uma das Cidades místicas do Juremá, localizada nas imediações de um arbusto de Jurema plantado pelo Mestre anteriormente a seu falecimento.

Subordinados aos mestres, encontram-se as entidades conhecidas como Caboclos da Jurema. Esta forma de espírito ancestral, representa os pajés e guerreiros indígenas falecidos, envidados ao Mundo Encantado de forma a auxiliarem os Mestres na realização de boas obras. Os Caboclos são sempre invocados no início do culto, antes mesmo da incorporação seus superiores. Estes seres espirituais, seriam os responsáveis pela prescrição de ervas medicinais, banhos e rezas que afastariam o mau-olhado e o infortúnio.

O universo espiritual do catimbó segue o mesmo padrão estamental do catolicismo (de onde se origina as crenças de céu, inferno e purgatório bastante difundida entre os Catimbozeiros) diferindo, apenas, pela adição do Juremá, onde habitariam os Mestres da Jurema e seus subordinados. Segundo a crença, o Juremá seria composto de uma profusão de aldeias, cidades e estados, os quais trariam um rígida organização hierárquica, envolvendo todas as entidades Catimbozeiras, tais como caboclos da jurema e encantados, sob o comando de um ou até três Mestres.


Cada aldeia tem 3 Mestres. Doze aldeias fazem um estado com 36 Mestres. No Estado ha cidades, serras, florestas, rios. Quantos são os estados? 7 segundo uns: Vajucá, Tigre, Cadindé, Urubá, Juremal, Fundo do Mar e Josafá.

A origem do termo catimbó é controversa, embora a maior parte dos pesquisadores afirme que deriva da língua tupi antiga, onde caa significa floresta e timbó refere-se a uma espécie de torpor que se assemelha à morte. Desta forma, catimbó seria a floresta que conduz ao torpor, numa clara referência ao estado de transe ocasionado pela ingestão do vinho da jurema, em sua diversidade de ervas. Outras teorias, porém, relacionam o vocábulo com a expressão cat, fogo, e imbó, árvore, neste mesmo idioma. Assim, fogo na árvore ou árvore que queima relataria a sensação de queimor momentâneo que o consumo da Jurema ocasiona. A Em diversos estados do nordeste brasileiro, onde os rituais de catimbó são frequentemente associados à prática de magia negra, a palavra ganha um significado pejorativo, podendo englobar qualquer atividade mágica realizada no intuito de prejudicar outrem.


Catimbó é uma pratica mágica baseada no Cristianismo de onde apóia toda a sua doutrina religiosa. O

Catimbó não inventa Deuses ou os importa da África porque não faz parte das religiões afro-brasileiras.
Isto pode parecer polêmico, mas, o Catimbó não é afro, não é Candomblé e não é a Umbanda como se
conhece comumente, mas pode ser considerado uma manifestação de Umbanda.
Catimbó não é uma religião ou seita. Podemos de considerá-lo um culto, uma vez que não encontrarmos
os elementos estruturados que são característicos, como os fundamentos religiosos próprios, com liturgias
e dogmas. O Catimbó se apóia totalmente na religião católica, apesar de guardar um pouco das práticas
pagãs, vindas da bruxaria européia.

O termo Mestre é de origem portuguesa, onde tinha o sentido tradicional de médico, ou segundo Câmara


Cascudo, de feiticeiro. Este é o primeiro elemento de ligação do Catimbó com tradições européias,
provavelmente cabalistas e mostra também nestes 2 significados a expressão semântica do trabalho do
Mestre, a cura e a magia.
De forma geral os Mestres são descritos como espíritos curadores de descendência escrava ou mestiça, que
em suma é a característica dos habitantes das regiões onde o Catimbó floresce, mas que não deve ser
tratado como um dogma. Dizem os juremeiros que os Mestres foram pessoas que quando em vida
trabalharam nas lavouras e possuíam conhecimentos de ervas e plantas curativas. Por outro lado algo
trágico teria acontecido e eles teriam se passado, isto é, morrido, encantando-se, podendo assim voltar a
acudir os que ficaram “ neste vale de lágrimas”.
Não existe Mestre do bem ou do mal. O Mestre é uma entidade que pode fazer o bem ou o mal de acordo
com a sua conveniência, a ordem da casa e a ocasião.

Alguns Mestres Conhecidos:

Mestre Pereira
Tem como fundamento o pau pereira. Este mestre é a evolução do antigo Antonio Tirano, dito mestre sem linha. Ele é uma mostra viva que o Catimbó existe para recuperar estas almas que perdem o seu caminho na passagem pela terra fria. Antonio Tirano é personagem passado de uma história terrível na qual ele em momento de desespero de falta de esperança, mesmo que momentânea, ele matou sua família de mulher e 2 filhos e depois se matou. Na hora de sua passagem foi resgatado por mestre do

Catimbó que trouxe-o para o Catimbó mesmo ele não tendo sido Catimbozeiro em vida.
Na sua forma de Pereira, é um mestre em evolução. Vinha muito sério e ainda meio encrenqueiro, com pouco "pavio", mas vinha com uma vontade enorme de ajudar as pessoas, curá-las e fazer o bem. Era uma criatura muito faladora que gostava de "filosofar" sobre a vida e passar lição nos outros que estavam comentendo erro. Trabalhava com a casca do Pau pereira.

Mestre Carlos

Rei dos mestres, conhecidíssimo em qualquer sessão de Catimbó. Era um rapaz que gostava de beber e jogar "farrista", andava no meio de "mulheres perdidas e gente livre", Filho do Inácio de Oliveira, conhecido feiticeiro. O pai tinha desgosto e não o queria
iniciar na feitiçaria. Contam, então, que Mestre Carlos "aprendeu sem se ensinar", quando de uma bebedeira caiu num tronco de Jurema e morreu após 3 dias. Essa bebedeira seria o resultado de práticas rituais do Catimbó exercidas solitariamente e sem
iniciação. Um dia o pai saiu de casa e Carlos, com 13 anos apenas, penetrou no "estado", tirou objetos imprescindíveis de invocação e saiu com eles. Foi num mato de juremeiras e iluminado por uma presciência maravilhosa conseguiu abrir uma sessão sozinho e invocar um mestre. Logo como em geral sucede, quando o mestre se desmaterializou outra vez caiu desacordado. O pai chegou em casa, Carlinhos nada de voltar. No dia seguinte a inquietação principiou. Andaram campeando o menino por toda a parte e no outro dia seguinte, Inácio de Oliveira, deseperado, reuniu gente e fez uma sessão. Quando caiu em transe, que mestre
entrara no corpo dele? Nada menos que Mestre Carlos o mestre menino.
Mestre Carlos é caracterizado como um entidade algre, que gosta de brincar e rir durante as sessões; gosta de bebida, bebe jurema e cachaça. Especialista em casamentos e descobridor de segredos, estando sempre pronto para o bem e o mal.
Considerado pelos juremeiros como um mestre curador. Quando incorporado o medium transforma a fisionomia, fica meio estrábico, os lábios ficam em forma de bico; fala muito conversa com os presentes, gesticula, brinca, ri, receita garrafadas e dá passes.


Mestre Junqueira e Mestre Aroeira
 
Estes dois Mestres são chamados no ínicio dos trabalhos, pois são comandantes da esquerda e grandes doutrinadores, senhores das portas, os grandes guardiões do Culto ao Catimbó. Mestre Junqueira trabalha com a erva Junco e Mestre Aroeira com a erva aroeira.
 
Outros mestres conhecidos: Mestre Zé Pelintra, Mestre Major do Dia, Mestre João da Mata, Mestre Zezinho, Mestre Arigó, Mestre Araribóia, Mestra Joana Chita, Mestra Dalila entre tantos outros.


Além dos caboclos e dos Mestres, vêm na jurema, mas com menos freqüência os pretos-velhos e pretas-velhas. Espíritos de velhos escravos africanos, peritos em benzeduras e nos conselhos que dão a seus “netinhos” dos terreiros. Temos aqui, talvez, uma influência da umbanda sobre o custo juremista.
Contudo a influência dos cultos africanos é mais bem expressa na incorporação dos exus e pombagiras ao panteão. Na jurema eles aparecem como servos dos Mestres.Juntam-se a esta panteão os santos da Igreja Católica, que são cumprimentados pelos Mestres e caboclos e aos quais encontramos referências nas cantigas e nas orações utilizadas nos fazeres mágicos ensinados pelos espíritos. Também encontramos em algumas juremas os Orixás do Xangô. Em algumas casas se abrem as giras de jurema cantando para os deuses de origem africana, depois de saudar Exu. Entretanto as cantigas são geralmente em português como na umbanda.

Que Oxalá nos abençoe sempre


Saravá  .'.


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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

OXOSSÍ: O CAÇADOR DA ARUANDA


Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos


Bem irmãos hoje é dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião que pelo sincretismo é o dia do Orixá Oxossí, segue abaixo um esboço sobre este Grande Arcano.

Oxossí é um dos sete Arcanos designados por Deus para ser um comandante universal, sua regência é chamada pelos esotéricos de "Essência" isto é aquilo que anima que dá vida, diferente de Ogum que é o movimento aquele que movimenta uma situação.

Oxossí é um dos quatro Orixás que comandam os elementos, no caso dele o elemento é o Ar, elemento mutável e como o elemento Oxossí e seus filhos também são.

Quando falamos que Oxossí é o "Caçador" alguns faem ligação com os mitos e lendas do Candomblé onde Oxossí também chamado de 'Odé' que quer dizer caçador em yorubá, mas nós praticantes da Umbanda e principalmente os esotéricos dão outra explicação pra essa caracteristica.
Quando dizemos caçador quer dizer que Oxossí é um Orixá mutávels que sempre está a procura de algo,

Oxossí não espera uma situação acontecer, ele vai atrás de seus objetivos doa a quem doer, muitos mitos dizem que Oxossí passava por cima até dos tabus e proibições para conseguir caçar, e assim são seus filhos também, teimosos e indecisos estão sempre mudando de curso, mas seguem o caminho escolhido por eles até o fim mesmo que estes saibam que no fim da linha não encontrarão nada.

Podemos espressar a energia de Oxossí na Umbanda com a palavra "dinamismo" pois Oxossí está sempre pronto pra caça, o Senhor do Ar também é elegante e romantico é o senhor do amor, o eterno companheiro de Oxum.
Os dois comandam o planeta Venûs, planeta regente de 2010.

Também conhecido como o "Doutrinador" Oxossí é o Orixá que com seus Caboclos aplica a disciplina da Lei, doutrinando as almas submissas e as levando para a iluminação.


Oxossí é o arquétipo daquele que busca ultrapassar seus limites, expandir seu campo de ação, enquanto a caça é uma metáfora para o conhecimento, a expansão maior da vida. Ao atingir o conhecimento, Oxossí acerta o seu alvo. Por este motivo, é um dos Orixás ligados ao campo do ensino, da cultura, da arte. Nas antigas tribos africanas, cabia ao caçador, que era quem penetrava o mundo "de fora", a mata, trazer tanto a caça quanto as folhas medicinais. Além, eram os caçadores que localizavam os locais para onde a tribo poderia futuramente mudar-se, ou fazer uma roça. Assim, o orixá da caça extensivamente é responsável pela transmissão de conhecimento, pelas descobertas. O caçador descobre o novo local, mas são os outros membros da tribo que instalam a tribo neste mesmo novo local. Assim, Oxossí representa a busca pelo conhecimento puro: a ciência, a filosofia. Enquanto cabe a Ogum a transformação deste conhecimento em técnica.


O arquétipo de Oxossí é o das pessoas espertas, rápidas, sempre alerta e em movimento. São pessoas cheias de inicitiva e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma.

Que Oxalá nos abençoe sempre


Saravá  .'.


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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

CABOCLO MIRIM


Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos


Bem irmãos uma seguidora do blog chamada Jamile pediu uma postagem sobre os caboclos mirins e segue abaixo um texto sobre este assunto.

Os caboclos mirins são espiritos de índios que desencarnaram jovens, alguns trabalham na linha doa caboclos, outros preferem vir sobre a influência da linha das crianças, essas entidades quando se mostram em terra são sempre requisitados em curas, além de crianças muito iluminadas, não gostam de brincar, comer doces, preferem usar seu tempo em passes e curas, toda e qualquer entidade desta linha é grande detentora de grandes embarcos espirituais apesar da aparência perispiritual de crianças, são grandes doutores e estão sempre prontos a curar.
Essas entidades respeitam muito os pretos-velhos, mas sua ligação é mais coms os Caboclos, adoram estar na companhia dos pajés e caciques, alguns caboclos mirins vibram pelo Orixá Oxossí, mas muitos fazem entrecruzamento com outros Orixás, principalmente o orixá Xangô.
Alguns nomes conhecidos de Caboclos e Caboclas Mirins: Tupãzinho, Tupizinha, Iarary, Tupiacanga, Iararinha, entre outros.


O primeiro médium a manifestar esta energia foi Benjamim Figueiredo no terreiro de Zélio Fernandino de Moraes, sobre o comando do próprio Caboclo Sete-Encruzilhadas, segue abaixo um texto sobre ele.

Em 1920 no Rio de Janeiro, o médium kardecista Benjamin Gonçalves Figueiredo (26/12/1902 - 03/12/1986), teve a primeira manifestação de uma Entidade que identificou-se como Caboclo Mirim, que vinha com a finalidade de criar um novo núcleo de crescimento para a Umbanda. Assim, toda a família do médium foi chamada a participar. Eram ao todo 12 pessoas que deram início em 1924 ao que foi chamada a Seara de Mirim. Após 18 anos, em 1942, foi fundada a Tenda Espírita Mirim, à rua Sotero dos Reis, 101, Praça da Bandeira; mudou - se, posteriormente, para a rua São Pedro e depois para a Rua Ceará, hoje Avenida Marechal Rondon, 597

A "Escola da Vida", fundada pelo Caboclo Mirim, possui uma ritualística diferente das conhecidas. De acordo com os seus ensinamentos, há iniciados do Primeiro ao Sétimo grau de iniciação. Estes graus são atribuídos aos médiuns e não às Entidades. Estes graus estão classificados em tupi-guarani, desta forma:


Bojá-mirim - 1ª grau: Médiuns iniciantes. Estes médiuns estão em desenvolvimento e devem procurar ensinamentos com os médiuns dos demais graus superiores e se aperfeiçoarem moralmente, evitando vícios de todas as espécies e desequilíbrios de qualquer ordem. Devem, ainda, estar firmes em seus propósitos de desenvolvimento, evitando que sugestões de espíritos inferiores cheguem às suas mentes em forma de sensação, pois os espíritos inferiores não gostam de iniciantes que se propoem a um desenvolvimento mediúnico sério para futuramente desfazerem os trabalhos de magia negra que estes espíritos inferiores teriam feito.
Bojá - 2ª grau: Médiuns de Banco. São os responsáveis pelo descarrego de energias negativas e pela doação de fluido vital para os espíritos necessitados que passarem pelo seu corpo durante uma sessão de caridade espiritual. Estes médiuns, assim como os iniciantes, devem estar atentos aos pensamentos de desestímulo em relação à continuidade de seu caminho na Umbanda, evitando assim que espíritos inferiores atrapalhem sua caminhada. Devem ser assíduos, estando na sua tenda sempre que possível para prestarem sua caridade.
Bojáguaçu - 3ª grau: Médiuns de Terreiro. São médiuns passistas. Este grau é uma grande mudança em relação às responsabilidades do médium no Terreiro, pois o médium deve saber aplicar um passe, a forma ideal de aplicá-lo, e os devidos resguardos antes da sessão.
Abaré-mirim - 4ª grau: Sub-chefes de Terreiro São médiuns que, além de já estarem firmes no passe e com conhecimento suficiente sobre a dinâmica das sessões e passarão a tomar conta do terreiro, orientando os médiuns de graus anteriores.

Abaré - 5ª grau: Chefes de Terreiro São médiuns que devem orientar os médiuns de graus anteriores sobre como proceder nos passes. Além disso, é neste grau que se inicia a trajetória do médiun para consultas espirituais. Já dizia o Caboclo Mirim que dar consulta é perigoso! Não se pode atuar no livre-arbítrio dos outros. Só dê consulta se for solicitado! Adicionalmente, médiuns deste grau já devem ter responsabilidades com os demais médiuns de graus anteriores durante as sessões e giras, orientendo-os sempre que necessário.
Abareguaçu - 6ª grau: Sub-comandante chefe de terreiro São médiuns que estão se preparando para Escola de Comando. Devem focar em obter experiência da ritualística dos trabalhos espirituais e se preparar para aprender a comandar sessões.
Morubixaba - 7ª grau: Comandante chefe de terreiro São os médiuns comandantes de terreiro. São os dirigentes de sessão e devem orientar todos os demais graus.

Que Oxalá nos abençoe sempre

Saravá  .'.
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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

OSSAIM NA UMBANDA



Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos


Pois bem estamos no mês de Oxossí e outro Orixá cultuado é Ossaim, alguns terreiros mais antigos cultuam este Orixá outros tiveram seu culto dentro do culto ao Orixá Oxossí, outros ainda cantam apenas um ponto de saudação.
Nesta postagem explicarei a visão do Orixá Ossaim no candomblé e também na Umbanda, além do sincretismo e seu culto.

No Candomblé Ossaim é filho de Nanã Buruque com Oxalá, irmão de Omulu, Oxumarê e Ewá. Ossain é o deus das plantas medicinais e litúrgicas. A sua importância é fundamental pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença, sendo ele o detentor do Axé - a força, o poder - imprescindível até mesmo aos próprios deuses.

O nome das plantas, a sua utilização e os encantamentos que seu poder são os elementos mais secretos do ritual dos cultos aos deuses Yorubás.
O símbolo de Ossain é uma haste de ferro tendo ao alto um pássaro de ferro forjado; esta mesma haste é cercada por seis varetas pontuadas dirigidas em leque para o alto. O pássaro é a representação do poder de Ossain: é o mensageiro que vai à toda parte, volta e se empoleira sobre a cabeça de Ossain para lhe fazer o seu relato. Este símbolo do pássaro representa o Axé, o poder bem conhecido das feiticeiras, elas mesmas freqüentemente chamadas Eleyés, proprietárias do Pássaro-Poder.
Cada divindade tem suas ervas e suas folhas particulares, dotadas de virtudes, de acordo com a personalidade do deus. Uma lenda deste Orixá conta:
 "Ossain havia recebido de Olodumaré o segredo das ervas. Estas eram de sua propriedade e ele não as dava a ninguém, até o dia em que Xangô se queixou à sua mulher, Oyá-Yansã, senhora dos ventos, que somente Ossain conhecia o segredo de cada uma dessas folhas e que os outros deuses estavam no mundo sem possuir nenhuma planta. Oyá levantou as saias e agitou-as, impetuosamente.
Um vento violento começou a soprar. Ossain guardava o segredo das ervas numa cabaça pendurada num galho de árvore. Quando viu que o vento havia soltado a cabaça e essa tinha se quebrado ao bater no chão, ele gritou: "Ewé O!! Ewé O!!, Oh! as folhas! Oh! as folhas!!" mas não pôde impedir que os deuses as pegassem e as repartissem entre si".
A colheita das folhas deve ser feita com cuidado extremo, sempre em lugar selvagem, onde as plantas crescem livremente. Aquelas cultivadas nos jardins devem ser desprezadas, porque Ossain vive na floresta, em companhia de Aroni, um anãozinho, comparável ao Saci-pererê, com uma única perna e, segundo se diz no Brasil, fumando permanenemente um cachimbo feito de casca de caramujo,enfiada numa vara oca e cheia de suas folhas favoritas. Por causa desta união com Aroni, Ossain é saudado com a frase seguinte: "Holá! Proprietário-de-uma-única-perna-que-come-o-proprietário-de-duas-pernas!", alusão às oferendas de galos e pombos, que possuem duas patas, a Ossain-Aroni, que não tem senão uma perna.
Os curandeiros, quando vão recolher plantas para seus trabalhos, devem fazê-lo em estado de pureza, abstendo-se em relações sexuais na noite precedendo e indo à floresta, durante a madrugada, sem dirigir a palavra a ninguém. Além disso, devem ter cuidado em deixar uma oferenda em dinheiro, no chão, logo que cheguem ao local da colheita.
Ossain está estreitamente ligado a Orunmila, o senhor das adivinhações. Estas relações, hoje cordiais e de franca colaboração, atravessaram, no passado, períodos de rivalidade. As lendas refletem as lutas de precedência e de prestígio entre adivinhos-babalaôs e curandeiros. Como estas histórias são transmitidas pelos Babalaôs, não é de estranhar que tenham a glorificar mais Otunmila e os adivinhos babalaôs do que Ossanyin e os curandeiros.
Na África, os curandeiros, chamados Olossain, não entram em transe de possessão. Adquirem a ciência do uso das plantas após uma longa aprendizagem.
No Brasil, as pessoas dedicadas a Ossain usam colares verde e branco. Sábado é o dia que lhe á consagrado e as oferendas que lhe são feitas compõem-se de bodes, galos e pombos. Seus Iaôs, ao contrário daqueles da África, entram em transe mas, nem sempre, possuem conhecimentos profundos sobre as virtudes das plantas. Quando eles dançam, trazem não mão o mesmo símbolo de ferro forjado, cuja descrição foi feita anteriormente. O ritmo dos cantos e das danças de Ossain é particularmente rápido, saltitante e ofegante. Saúda-se o deus das folhas e das ervas gritando-se: "Ewe O!" "Oh! as folhas!".

Na Umbanda Ossaim em alguns terreiros é saudado como um Gênio que vive na mata é ele o subordinado de Oxossí que dá a autorização para a colheita de folhas e frutos para rituais, já outras casas de Umbanda mais antigas tem Ossaim como o Orixá que sempre acompanha Oxossí em suas batalhas enquanto Oxossí é o caçador, Ossaim que cultiva as plantas.
É orixá da cor verde, do contato mais íntimo com a natureza. As áreas consagradas a Ossâim não são os jardins cultuados de maneira tradicional, mas sim os recantos, onde só os sacerdotes podem entrar, nos quais as plantas crescem de maneira selvagem, quase sem controle.


Orixá de grande significação, pois todos os rituais importantes utilizam o “sangue-escuro” que vem dos vegetais, seja em forma de amassis, infusões ou para uso de bebida ritualística. É comum dentro da Umbanda existir um certo preconceito com dois Orixás que muitas vezes são esquecidos, mais existem em Umbanda e se faz necessário o culto: Ossâim e Oxumarê. O primeiro está presente em todos os rituais através das folhas e o segundo presente em quase todos os rituais por ser o Orixá das cores e dos aromas. Classificar Ossâim como Orixá da medicina seria uma visão parcial de sua real potencialidade mítica. Ossâim seria aquele a quem se pede a ajuda para libertação de diferentes problemas, seja a doença, sejam os encantamentos.
O arquétipo de Ossanyin é o das pessoas de caráter equilibrado, capazes de controlar seus sentimentos e emoções. Daqueles que não deixam suas simpatias e antipatias intervir nas suas decisões ou influenciar as suas opiniões sobre as pessoas e os acontecimentos.

É o arquétipo das pessoas cuja extraordinária reserva de energia criadora e resistência passiva, ajuda-as a atingir os objetivos que se fixaram. Das pessoas que não tem uma concepção estreita e um sentido convencional da moral e da justiça. Enfim, daquelas pessoas cujos julgamentos sobre os homens e as coisas são menos fundados sobre as noções do bem e do mal do que sobre a da eficiência.


Características de Ossaim

Elemento: Ar
Dia da Semana: Quarta-Feira
Erva: Todas
Simbolos: A Folha e as Aves em geral (Águia, Pombo)
Cor: Verde e Branco
Sincretismo: Santo Onofre e São Benedito
Saudação: "Ewe Ó" (que quer dizer: "Salve as Folhas")

Que Oxalá nos abençoe sempre


Saravá  .'.


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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

CABOCLA JACIARA


Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos


Pois bem como disse, se alguém quisesse pedir uma postagem ligada aos caboclos assim que eu acha-se material eu postaria, uma leitora do nosso blog pediu a Postagem sobre a Cabocla Jaciara segue abaixo o que achei.

No tupi-guarani Jaciara quer dizer: Jaci-Lua, Ara- Grande outra interpretação seria: Jaci- Lua e Iara- Mãe. Sendo assim Jaciara tem várias interpretações: "Lua Grande", "Mãe Lua", "Luz da Lua", "Senhora da Lua".

A Cabocla Jaci é um falangeira de Nanã muito díficil de ver em terra, pois é uma cabocla que já não trabalha mais neste plano, somente alguns ainda tem esta entidade consigo, diz a lenda que a Cabocla Jaciara seria sua filha, irmã da Cabocla Jacira, mas o que se sabe é que a Cabocla Jaciara está ligada com Oxum, a senhora da lua para os tupi-guaranis.


Cabocla ligada aos montes, vales e cachoeiras. Guerreira e desbravadora de novos caminhos. Protege contra a preguiça e o desânimo; ajudando seus filhos em novas conquistas. Como uma cabocla de Oxum são grandes guerreiras que gostam de trabalhar para fim amorosos ou brigas familiares, adora o barulho e a beleza da cachoeira são caboclas muito fortes em seus trabalhos.

Oxum sendo sua senhora também tem ligação com Xangô e seus bravos Caboclos. A "Mãe da Lua" é uma cabocla encantada que sempre que está em terra irradia sua vibração de força para todos que estão presentes.

Que Oxalá nos abençoe sempre


Saravá  .'.

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

CABOCLO SETE-PEDREIRAS


Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos


Pois bem irmãos o Caboclo homenageado de hoje e de quem falarei um pouco é um dos falangeiros de Xangô, o Caboclo Sete-Pedreiras, é um caboclo relativamente conhecido que não aceita qualquer médium como seu aparelho de ação. Pois como seu Orixá é um grande justo. Nesta postagem além da homenagem a este caboclo, falaremos também dos Caboclos de Xangô no geral.

Os mensageiros de Xangô são a representatividade mais perfeita da força da Umbanda na quebra de demandas. Sua manifestação é tão forte e poderosa que chega a assustar iniciantes e assistidos que não estejam familiarizados com estas entidades das montanhas e pedreiras.São caboclos, indígenas, que vivem ou viveram mais isoladamente e portanto possuem um comportamento mais rústico. Alguns ainda nem falam nosso idioma.Talvez por isso, pouco se pratica a Gira de Xangô na Umbanda, mas quem o faz e acaba então conhecendo melhor esta entidade, descobre um verdadeiro Pai.

São amorosos, preocupados e acima de tudo muito justos.
Essas entidades usam a forma de Caboclos, e se entrosam no Corpo Astral de maneira semibrusca, refletindo-se em arrancos no físico; suas vibrações atingem logo o consciente do aparelho (médium), forçando-o do tórax a cabeça, em movimentos de meia rotação e pela insuflação de suas veias do pescoço, com aceleração pronunciada do ritmo cardíaco, na respiração ofegante, até normalizarem seu domínio físico.

Emitem não um urro histérico alucinado que traduzem como “KA-Ô”, acentuando as sílabas, e sim uma espécie de som silvado, da garganta para os lábios, que parece externar o ruído de uma cachoeira ou de um surdo trovejar…
Não gostam de falar muito. Seus pontos cantados são sérias invocações, de imagens fortes e podem ser cantados em vozes baixas.
São guias de incorporações rápidas e contidas, geralmente arriando o médium no chão.


Trabalham para : emprego; causas na justiça; imóvel e realização profissional.
Dão também muito passe de dispersão. São diretos para falar.

Seu Sete-Pedreiras em especial na sua incorporação é muito arcada e rude, andam arcado no chão sempre com suas pedras nas mãe, seu fio de contas sempre trazem pedras lascadas, todos espíritos desta falange trazem a justiça de Xangô a todo custo, por este motivo seus médiuns não são tão fáceis de ver pois se sua vida não for regrada rapidamente esses caboclos se afastam, poucos tem a dádiva de trabalhar com este guia de frente.
NAs consulatas são ríspidos e rudes, parecendo até mal educados, mas são diretos se rodeios falando a verdade mesmo que esta doa para quem ouve, sua consultas costumam ser rápidas e construtivas.
São ótimos no trabalho de tronqueira pois por serem grandes e robustos reprimem qualquer ação desordenada, trabalham só em casos que não vão de encontro com a lei espiritual, por isso deve-se ter muito cuidado ao invocar as entidades desta linha. Outros caboclos que trabalham com Seu Sete-Pedreiras são: Caboclo Sete-Montanhas, Sete-Cachoeiras, Cajá, Pele Dourada, Pedra Preta, Pedra Branca, Caboclo Guará, Caboclo do Fogo, Caboclo Fogueira, Caboclo Pedra Grande.

Que Oxalá nos ilumine sempre


Saravá  .'.


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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

CABOCLO ARRANCA TOCO


Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos

Bem irmãos como disse este mês Oxossí é o homenageado e como de costume falarei sobre alguns Caboclos especificamente, o escolhido de hoje é o Caboclo Arranca Toco, escolhi este pois na internet falta um pouco sobre seu entendimento e sua história.

Seu Arranca Toco é um caboclo muito conhecido mas alguns desconhecem sua origem, este guia é o chefe da falange dos Caboclos de Obaluaye, esses caboclos são raros, pois são espíritos dos antigos "bruxos" das tribos indígenas. São perigosos, por isso só filhos de Omulu de primeira coroa possuem esses caboclos. Sua incorporação parece um Preto-velho, locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins.

A história conhecida deste caboclo é que foi um feiticeiro e que ajudava muit sua tribo ensinando o poder das ervas, fontes não concretas dizem que vivia numa tribo na América Central e foi morto na colonização dos espanhois.
O seu modo de agir em terra é parecido com os Exus, não são de falar muito preferem efetuar seu principal trabalho que é transformar energias negativas em boas, espiritualmente os caboclos desta falange são grandes pajés e feiticeiros e tem um grande conhecimento de ervas, o principal subordinado do Caboclo Arranca Toco é o Caboclo Araúna que também trabalha na linha de Obaluaye. Outros caboclos desta linha são: Caboclo Jacuri, Jariuna, Caramuru, Bugre, Iucatan, Pena Roxa, Pena Preta, Caboclo Roxo, Uiratan, Pantera Negra, Jaguariuna, Bauru.
O sufixo "Una" quer dizer "Negra" em tupi sendo assim todo caboclo que usar isto no nome tem ligação com Obaluaye.

Que Oxalá nos abençoe sempre
 
 
Saravá  .'.
 
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

DIA DE REIS


Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos

Pois bem irmão hoje é dia 6 de janeiro e este dia é conhecido pelos católicos como Dia dos Santos Reis, muitos cristão além dos católicos também tem fé neste dia e isto inclui nós Umbandistas a postagem de hoje irmãos serve para entendermos este dia e esotéricamente ou espiritualmente acontece.

O Dia de Reis, segundo a tradição cristã, seria aquele em que Jesus Cristo recém-nascido recebera a visita de "uns magos" que, segundo o hagiológio, foram três Reis Magos, e que ocorrera no dia 6 de janeiro. A noite do dia 5 de janeiro e madrugada do dia 6 é conhecida como "Noite de Reis".

A data marca, para os cristãos, o dia para a veneração aos Reis Magos, que a tradição surgida no século VIII converteu nos santos Melchior, Gaspar e Baltazar. Nesta data, ainda, encerram-se para os católicos os festejos natalícios - sendo o dia em que são desarmados os presépios e por conseguinte são retirados todos os enfeites natalícios
Melchior diz a lenda tinha barbas e cabelos brancos, aparentava mais de 70 anos de idade, historicamente era o Rei da Pérsia, este entregou o Ouro a Jesus Cristo pronunciando: "Ouro puro para o Rei dos Reis"
Gaspar era o Rei da Índia aparentava uns vinte anos de idade, este trouxe ao Menino Deus o Incenso de Olíbano dizendo: "Trago-lhe o Incenso de Olíbano para o sacerdote dos sacerdotes"
Balthazar era o Rei da Arábia, um mouro que aparentava cinquenta anos trouxe de presente a Mirra, pronunciando: "Mirra para o Profeta Imortal"

Naquela época todo Rei ou pessoa importante ganhava ouro para representar a sua força e governança, o incenso de olíbano era o mais usado na época pelos sacerdotes representava a força da fé, e a mirra era usada na conservação de cadáveres dando assim o entender que a pessoa que possuísse a mirra era imortal.
Em alguns países, como Espanha, é estimulada entre as crianças a tradição de se deixar sapatos na janela com capim (erva) antes de dormir para que os camelos dos Reis Magos possam se alimentar e retomar viagem. Em troca os Reis magos deixariam doces que as crianças encontram no lugar do capim após acordar. A tradição também consiste em comer Bolo-Rei, no interior do qual se encontra uma fava e um brinde escondidos. A pessoa que encontra a fava deve "pagar" o Bolo-Rei no ano seguinte.
Folia de Reis é um festejo de origem portuguesa ligado às comemorações do culto cristão do Natal, trazido para o Brasil ainda nos primórdios da formação da identidade cultural brasileira, e que ainda hoje mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do país.
No Brasil a visitação das casas, que dura do final de dezembro até o dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo, chamado em alguns lugares de Folia de Reis, em outros Terno de Reis, é composto por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e artesanal, como tambores, reco-reco, flauta e rabeca (espécie de violino rústico), além da tradicional viola caipira e da acordeon, também conhecida em certas regiões como sanfona, gaita ou pé-de-bode.


Além dos músicos instrumentistas e cantores, o grupo muitas vezes se compõe também de dançarinos, palhaços e outras figuras folclóricas devidamente caracterizadas segundo as lendas e tradições locais. Todos se organizam sob a liderança do Capitão da Folia e seguem com reverência os passos da bandeira, cumprindo rituais tradicionais de inquestionável beleza e riqueza cultural.
As canções são sempre sobre temas religiosos, com exceção daquelas tocadas nas tradicionais paradas para jantares, almoços ou repouso dos foliões, onde acontecem animadas festas com cantorias e danças típicas regionais, como catira, moda de viola e cateretê. Contudo ao contrário dos Reis da tradição, o propósito da folia não é o de levar presentes mas de recebê-los do dono da casa para finalidades filantrópicas, exceto, obviamente, as fartas mesas dos jantares e as bebidas que são oferecidas aos foliões.
Além da Folia de Reis outra manifestação cultural é o Reisado.
Reisado é uma dança popular profano-religiosa, de origem portuguesa, com que se festeja a véspera e o Dia de Reis. No período de 24 de dezembro a 6 de janeiro, um grupo formado por músicos, cantores e dançarinos vão de porta em porta anunciando a chegada do Messias e fazendo louvações aos donos das casas por onde passam e dançam.


O Reisado é de origem portuguesa e instalou-se em Sergipe no período colonial. Atualmente, é dançado em qualquer época do ano, os temas de seu enredo, variam de acordo com o local e a época em que são encenados, podem ser: amor, guerra, religião entre outros.
O Reisado se compõe de várias partes e tem diversos personagens como o rei, o mestre, contramestre, figuras e moleques. Os instrumentos que acompanham o grupo são violão, sanfona, ganzá, zabumba, triângulo e pandeiro.


O Dia de Reis na Umbanda tem o entendimento que no dia 6 de janeiro começa o ano litúrgico, isto é neste dia os terreiros em geral começam seus trbalhos, não que o espiritual estivesse em recesso, mas é a partir deste dia que um portal é aberto mais limpídamente entre nosso mundo e o das entidades, sabe-se que mesmo antes de jesus cristo o dia 6 de janeiro que em outras épocas nem era mencionado com este nome vários rituais esotéricos aconteciam.

Que Oxalá nos ilumine sempre

Saravá  .'.

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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

CULTO À JUREMA SAGRADA



Olá Irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos

Pois bem irmãos damos início a mais um ano, este regido por Oxossí e Oxum, janeiro é o mês consagrado a este Orixá, pois o sincretismo com São Sebastião, este santo foi martirizado no dia 20 de janeiro e assim Oxossí comanda este mês.
Sendo assim como o ano passado, as postagens serão mais voltadas a este Orixá e aos Caboclos se algum irmão que acompanha o blog tiver material ou quiser pedir alguma postagem sobre algum caboclo fique a vontade e a medida do possível estarei postando.
Hoje nas giras de Umbanda quando os Caboclos baixam e até mesmo na roda dos Baianos e Boiadeiros vêmos a presença de uma cultura indigêna nos ritos, esta cultura nos remete ao "Culto à Jurema Sagrada", este culto é um culto muito antigo que algumas entidades utilizam esses elementos, não devemos confundir o culto da Umbanda com o da Jurema Sagrada e sim entendermos que a Umbanda abarca esses conhecimentos também, o Culto da Jurema Sagrada não é o Culto do Catimbó, pois bem entendamos um pouco sobre o Culto à Jurema Sagrada na Umbanda.
A jurema sagrada é remanescente da tradição religiosa dos índios que habitavam o litoral da Paraíba e dos seus pajés, grandes conhecedores dos mistérios do além, plantas e dos animais. Depois da chegada dos africanos no Brasil, quando estes fugiam dos engenhos onde estavam escravizados, encontravam abrigo nas aldeias indígenas, e através desse contato, os africanos trocavam o que tinham de conhecimento religioso em comum com os índios. Pôr isso até hoje, os grandes mestres juremeiros conhecidos, são sempre mestiços com sangue índio e negro. Os africanos contribuíram com o seu conhecimento sobre o culto dos mortos egun e das divindades da natureza os orixás voduns e inkices. Os índios, estes contribuíram com o conhecimento de invocações dos espíritos de antigos pajés e dos trabalhos realizados com os encantados das matas e dos rios. Daí a jurema se compor de duas grandes linhas de trabalho: a linha dos mestres de jurema e a linha dos encantados.



Apesar de bastante conhecida no Nordeste do Brasil ainda não há um consenso sobre qual a classificação extata da planta popularmente conhecida por Jurema. A Jurema (Acacia Jurema mart.) é uma das muitas espécies das quais a Acácia é o gênero. Várias espécies de Acácia nativas do nordeste brasileiro recebem o nome popular de Jurema.

As Acácias sempre foram consideradas plantas sagradas por diferentes povos e culturas de todo o mundo; Os Egípcios e Hebreus veneravam a "Acacia nilotica" (Sant, Shittim, Senneh), os Hindus a "Acacia suma" (Sami), os Árabes a "Acacia arabica" (Al-uzzah), os Incas e outros povos indígenas da América do sul veneravam a "Acacia cebil"(vilca, Huillca, Cebil), os nativos do Orinoco a "Acacia niopo" (Yopo) e os índios do nordeste brasileiro tinham na "Acacia jurema" (Jurema, Jerema, Calumbi) a sua árvore sagrada, a sua Acacia, ao redor da qual desenvolveu-se essa tradição hoje conhecida como "Jurema sagrada".
Dizem os mestre Juremeiros que Maria, a mãe de Jesus, escondeu Crito na Árvore da Jurema para que o Rei Herodes não o matasse.


O culto da Jurema está para a Paraíba, assim como o Iroko está para a Bahia. Esta arvore tipicamente paraibana, apesar de existir também em outros estados do nordeste, era venerada pelos índios potiguares e tabajaras, muitos séculos antes da descoberta Brasil. Em Pernambuco, existe um município cujo nome é Jurema devido a grande quantidade destas árvores que ali se encontra. A jurema (mimosa hostilis) depois de crescida é uma frondosa árvore que vive mais de 200 anos. Todas as partes dessa arvore são aproveitadas: a raiz, a casca, as folhas e as sementes, utilizadas em banhos de limpeza, infusões, ungüentos, bebidas e para outros fins ritualísticos. Os devotos iniciados nos rituais do culto são chamados de “Juremeiros”. Foi na cidade de Alhandra, município a poucos quilômetros de João Pessoa, que esse culto, na forma do Catimbó alcançou fama. A Jurema já era cultuada na antigüidade por pelo menos dois grandes grupos indígenas, o dos tupis e o dos cariris também chamados de tapuias. Os tupis se dividiam em tabajaras e potiguares, que eram inimigos entre si. Na época da fundação da Paraíba, os tabajaras formavam um grupo de aproximadamente cinco mil índios. Eles ocupavam o litoral e fundaram as aldeias Alhandra e a de Taquara.






Outro elemento muito usado é a bebida, a bebida é parecida com o Santo Daime, a receita não é informada nem mesmo aos praticantes e somente os Mestres bem antigos conhecem a mistura o que se sabe é que contem a casca da Jurema (Árvore) diluida em vinho ou aguardente. Uma bebida feita com a raiz da árvore do mesmo nome. Os pajés, sacerdotes tupis, faziam uma bebida da jurema-branca, que dava sonhos afrodisíacos. Era bebida sagrada, servida em reuniões especiais. Das raízes e raspas dos galhos, os feiticeiros, babalorixás pernambucanos, os mestres do catimbó, os pais-de-terreiro dos candomblé de caboclo na Bahia fazem uso abundante. Até o século XIX beber jurema era sinônimo de feitiçaria ou prática de magia, pelo que muitos índios e caboclos foram presos acusados de praticarem o "Adjunto da jurema"
Que Oxalá nos abençoe sempre

Saravá  .'.

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CAMINHO... "Sim, seu caminho é a Umbanda enquanto você valorizar a experiência espiritual com os Orixás, Guias e Mensageiros do Astral que se desdobram em muitas formas para te auxiliar. Seu caminho é e sempre será a Umbanda, enquanto você acender uma vela e sentir que ela fala contigo, enquanto você escutar o som do atabaque e seu corpo aquecer num compasso de vibrações e arrepios, enquanto você sentir o aroma das ervas transmutadas em fumaça ao contato com a brasa incandescente e for acometido da sensação de estar sendo transportado para outro lugar, a Umbanda continuará sendo seu caminho enquanto o brado dos Caboclos te arrepiar, o silêncio dos Pretos Velhos te emocionar, o gracejo dos Baianos te alegrar, a sinceridade dos Exus te curvar, a simpatia das Pomba Giras te atrair e a ciranda dos Erês te relembrar que, apesar dos pesares, o mais importante é não perder a pureza das crianças. Sim, seu lugar é no Templo que frequenta, enquanto os espíritos regentes ainda forem referências de aprendizado, enquanto você sentir saudade ao final de cada gira, enquanto os objetivos espirituais e materiais também forem os seus objetivos, enquanto o sentimento de irmandade não se dissipar facilmente em momentos de atritos e conflitos naturais, enquanto você preservar o respeito e lealdade ao seu Sacerdote ." - Sr. Caboclo Tupinambá

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Léo Del Pezzo, ou Pai Léo das Pedreiras. Médium Umbandista á 19 anos, consagrado Pai Espiritual.Dedica todo seu sacerdócio para levar o entendimento de conhecimentos esotéricos, filosófico e teologicos ,exaltando a "Umbanda", Escritor do livro: "SENZALA - A PRISÃO DA ALMA"