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sexta-feira, 22 de maio de 2015

CULTURA CIGANA, TUDO SOBRE OS CIGANOS NA UMBANDA

Olá irmãos

 Que a paz de Oxalá esteja com todos

No passado, nós, ciganos éramos conhecidos como os "senhores da estrada". Andávamos de um lugar para outro, atravessando rios e florestas.


Percorríamos a Índia inteira, chegando ao Oriente Médio, para depois retornar. Atravessávamos reinos inimigos entre si. Para se ter uma idéia, só o Rajastão era dividido em pelo menos cem pequenos reinos.


Nós dispúnhamos de um salvo-conduto especial para atravessar uma determinada região. É que todo mundo precisava do nosso trabalho.


De fato, transportávamos mercadorias, servíamos de "correio" para as longas distâncias e éramos também os banqueiros dos grandes senhores - podíamos comprar ouro e trocá-lo por bens de consumo ou dinheiro.



Muitas vezes, o ouro e os objetos preciosos não eram carregados por nós em nossas longas viagens. Preferíamos enterrar tudo em lugares secretos.


No momento certo, sabíamos qual caixa-forte abrir para fazer os nossos negócios.




Nunca fizemos guerra. Como outros clãs, durante uma guerra, podíamos ser recrutados para ajudar um determinado exército, mas nunca para o combate.


Ficávamos na retaguarda, prestando às tropas todo tipo de serviço necessário. Em caso de derrota, nada sofríamos, porque todos reconheciam o nosso valor social.


Outras atividades importantes sempre foram a música, a dança, a acrobacia e o teatro nas cortes dos reis ou para os soldados.


Hoje, vocês podem encontrar-nos aos milhões em periferias anônimas, pobres, às vezes miseráveis. Dignidade suficiente, porém, não nos falta, numa sociedade que mudou muito desde os tempos em que nós, ciganos, éramos reis das estradas. Éramos os Banjaras (ciganos músicos e dançarinos). Mas, aproveito para lembrar de outros clãs:


Os Hakkipikki – caçadores do centro sul da Índia;


Os Gadha Lohar – que trabalham com metais;


Os Rabari – pastores de ovelhas, cabras e camelos;


Os Korwas – fabricantes de pulseiras, colares e coroas;


Os Kalibilias, os Nat e os Bopas – dançarinos, músicos, acrobatas de circo.


Estes são os verdadeiros nomes dos clãs que deram origem às pessoas que no futuro seriam chamados de ciganos.



Conforme vimos acima, “cigano” é um termo genérico surgido na Europa do Século XV.


Nós, no entanto, costumamos usar autodenominações completamente diferentes. E hoje, costumamos distinguir três grandes grupos:




Os ROM, ou Roma, que falam a língua romani; são divididos em vários sub-grupos, com denominações próprias, como os Kalderash, Matchuaia, Lovara, Curara entre outros; são predominantes nos países balcânicos, mas a partir do Século XIX migraram também para outros países europeus e para as Américas;


Os SINTI, que falam a língua romani-sintó são mais encontrados na Alemanha, Itália e França, onde também são chamados Manush;


E os CALON ou KALÉ, que falam a língua caló, “ciganos ibéricos”, que vivem principalmente em Portugal e na Espanha, onde são mais conhecidos como gitanos, mas que no decorrer dos tempos se espalharam também por outros países da Europa e foram deportados ou migraram inclusive para o Brasil.


Estes grupos e dezenas de sub-grupos, cujos nomes muitas vezes derivam de antigas profissões (Kalderash = caldeireiros; Ursari = domadores de ursos, entre outros) ou procedência geográfica (Moldovaia, Piemontesi,entre outros.), não apenas têm denominações diferentes, mas também falam línguas ou dialetos diferentes.


Os ciganos Rom, e entre eles em especial os Lovara, Matchuaia e os Kalderash, costumam auto-classificarem-se como ciganos “autênticos”, chamando a todos os outros clãs de “falsos ciganos”.


Mas como se isto não bastasse alguns clãs ciganos ainda se discriminam mutuamente, também, por outro motivo: os ciganos sedentários muitas vezes olham com desprezo para os ciganos nômades, dizendo: eles persistem nessa vida “primitiva”, enquanto os nômades acusam os sedentários de terem abandonado as tradições, e com isto terem deixado de ser ciganos.


Ao chegarmos na Europa, no início do Século XV, nós, ciganos, podíamos ainda ser identificados através de nossa aparência física, sendo a característica mais marcante a nossa pele escura. Hoje isto já não é mais possível. Casamentos com não-ciganos sempre ocorreram, de modo que em muitos países hoje, nós fisicamente, não nos distinguimos da população gadjé (não-cigana) nacional. Ciganos “racialmente puros” hoje não existem mais em canto algum do mundo, e do ponto de vista da Antropologia, nunca existiram, porque nunca existiu uma “raça” exclusivamente classificada como cigana. Ou um país, cujo habitante fosse denominado de cigano. Impossível, portanto, identificar os ciganos através de características físicas peculiares ou estabelecer “critérios biológicos de ciganidade”.


Classificar como “verdadeiros ciganos” todos aqueles que falam um dos vários dialetos romani, também não adianta, porque muitos ciganos já não o falam mais e outros o dominam muito mal, ou até já o esqueceram por completo.


Quanto à suposta autenticidade Kalderash, Lowara e Matchuaia , afirmo como antropólogo, lingüista e cigano que é inadmissível a distinção entre “verdadeiros ciganos”, aos quais se atribuem uma origem exótica e riqueza cultural, e “os outros”. Ou seja: não existem ciganos autênticos e falsos ciganos: existem apenas Rom, Sinti e Calon, que possuem inúmeras autodenominações, que falam centenas de dialetos, que têm os mais variados costumes e valores culturais, que são diferentes uns dos outros, mas que nem por isso são superiores ou inferiores uns aos outros.


Em comum, todos, nós, ciganos, temos apenas uma coisa: uma longa História de Espiritualidade, de Arte, de perseguição, de discriminação pelos não-ciganos , em todos os países por onde passamos, desde o nosso êxodo do norte da Índia até ao aparecimento na Europa, no início do Século XV.



Fonte: http://www.gitano.baro.com.br/
 Que Oxalá nos abençoe sempre



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quarta-feira, 20 de maio de 2015

ALTAR CIGANO, ALTAR SANTA SARA

Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos


A importância de um altar para os Encantados Ciganos Orientais é que o altar serve como elo e comunicação entre o Cigano e seu médium. A partir do momento em que existe a intenção de se dedicar o altar a um Cigano, ali se cria uma ponte espiritual; onde quer que esteja, o Cigano que é cultuado ali, sempre irá ouvir o chamado feito pelo médium diante do altar.


A base de um altar para os Ciganos são os 4 elementos. Para representá-los, usa-se:


Um castiçal com uma (ou mais) velas – representa o fogo, mesmo que a vela esteja apagada. As cores podem ser qualquer uma, exceto roxo (lilás/violeta pode), preto e marrom. Essas cores só são usadas em certos tipos de rituais.


Uma taça bonita com água. A água é simbolismo do sentimento, por isso deve ser sempre o mais pura e limpa possível. Essa água na taça atua como um catalisador de más energias, e quando estiver turva, deve ser jogada em água corrente e trocada, sempre por água filtrada ou mineral.


Um incensário, onde um incenso deve ser aceso pelo menos uma vez por semana – representa o ar, mesmo sem incenso. Para quem não conhece os gostos dos seus Ciganos, um regrinha muito simples deve ser seguida para evitar desagrados, quanto aos aromas (embora pra maioria os aromas sejam indiferentes, é melhor não arriscar): Incenso Floral para Ciganas (rosa, violeta, lírio, dama da noite, jasmim, etc.) e Incenso Herbal para Cigaos (Sandalo, canela, cravo, eucalipto, mirra, alecrim, benjoim, etc.).


E cristais, de vários tipos, cores, formas e tamanhos; caso não seja possível ter muitos, coloque algum(s) escolhido(s) por intuição. O ideal é ter pelo menos uma pedra em estado bruto/ponta. As pedras podem ficar também num pote de vidro transparente sem tampa, desses que vendem em lojas de presente, com água, pois a mesma potencializa a capacidade energética dos Cristais. Os cristais fecham o ciclo, representando a terra. Paralelamente, cada elemento está relacionado a um aspecto de nossos seres – Corpo - terra, Coração (emoção) - água, Mente - ar e Espírito - fogo. Além desses elementos, que são básicos, qualquer outra coisa que seja sentida por intuição, pode ser colocada: baralho, leque, adornos, lenços, baú, etc. As únicas exceções são: Punhal – só deve ser colocada um punhal já trabalhado, ou seja, que tenha passado pela magia de um Cigano, que pode ser o seu incorporado, ou o de outra pessoa (alguém que fez o trabalho no punhal para você – nesse caso, recomendo muitíssimo cuidado antes de aceitar). Além disso, colocar de cara Ouro é perigoso também... O ouro é energeticamente refletor, e se o Espírito para o qual o altar é dedicado não entender que o Ouro é para ele, não vai conseguir se aproximar. E os bonecos... De antemão já digo: Encantados Ciganos Orientais não gostam muito de bonecos de gesso. Tem que ser um muito bonito para agradar. A preferência está mesmo nos bonecos de porcelana, esse que se nas lojas com roupas de pano, e tudo mais. Essa preferência também ocorre pelo fato da possibilidade de mudar a Roupa. Mas, não é recomendável colocar no altar um boneco aleatoriamente, pois se o Espírito para o qual o altar é dedicado não se identificar com o boneco, a aproximação será mais difícil.


Para o fortalecimento do trabalho Cigano, é muito bom colocar uma fruta no altar, pelo menos 1 vez por mês, na 3ª noite da lua cheia, pois isso fortalece o Cigano. Só não coloque frutas ácidas, tipo abacaxi ou laranja... Ciganos não gostam de sabores ácidos, pelo menos a maioria não, e se você não tiver a certeza, melhor não arriscar! As frutas devem ficar até um pouco antes de apodrecer, e devem ser despachadas num jardim bonito.


Pode ser oferecido também uma taça com vinho, além da que tem água, pois o vinho é a bebida Universal dos Ciganos. Mesmo que incorporados eles não bebam, a oferta de vinho é sempre bem aceita. Após uma semana, ou quando a lua virar, despeja o vinho em água corrente.


Flores também são bem vindas no altar, sendo que se for um altar para Cigano, as flores devem ser cravo branco ou vermelho, girassol, lírio branco ou Rosa branca (rosas em números ímpares). Essa regra vale apenas pro caso de não se conhecer as preferências de cada Cigano.


Os meus por exemplo também gostam de Jasmim. As flores murchas/secas devem ser deixadas num jardim.


Limpezas e trocas podem ser feitas qualquer dia, e qualquer hora, exceto nos dias de lua minguante e nova.


E, depois de montado, é fazer uso: todos os dias, aproxime-se, faça uma oração, mentalize a força que te acompanha, mesmo que você não saiba quem é. Ofereça à ele(a) o espaço, diga que é dedicado à ele(a) com carinho e que você quer estar mais próximo dele(a), coisas assim.

Que Oxalá nos abençoe sempre

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segunda-feira, 18 de maio de 2015

LENDAS CIGANAS


Olá irmãos

Que a paz de Oxalá esteja com todos


Histórias e Lendas Ciganas




“Águia voa alto, mas com as asas cortadas, não passa de galinha grande.” (provérbio cigano)

O CIGANO JACÓ E O NAZARENO

“O galo pode cantar quanto quiser, mas nunca porá ovos”. (provérbio cigano)


- Jacó era um ferreiro cigano e passava por Jerusalém no tempo de Jesus. Sua comitiva estava parada perto da cidade santa, quando o Mestre foi preso e julgado. Os romanos preparavam o suplício e precisavam de gente para trabalhar. Nenhum carpinteiro ou ferreiro judeu, quis fazer a cruz ou fundir os cravos de ferro. Daí, que os carrascos romanos obrigaram Jacó, sob ameaça da espada, a fazer os três cravos da crucificação, dois para as mãos e um para os pés. Jacó sabia que Jesus era um justo, por isso amaldiçoou os romanos, predizendo a destruição de Roma por sua ganância e violência. Os algozes também obrigaram ele a pregar o Mestre no madeiro. Ele fez isto chorando e pedindo ao Mestre perdão. O nazareno, envolto na dor, disse ao cigano que não se preocupasse, pois o seu povo era nobre e fiel. Disse também que seriam todos agraciados, pela presença de uma virgem que viria do mar. Desde então, os ciganos passaram a esperar pela virgem e caminhar por todo o canto do Oriente e do Ocidente. Até que um dia, apareceu Santa Sara, a virgem negra. Era o dia 25 do mês de maio. Por isso, os ciganos são devotos de dois santos: a prometida Santa Sara e São Jorge, o patrono dos ferreiros.


EXÚ LERÚ O MOURO CIGANO
“Cachorro correndo sozinho se acha o mais veloz do mundo”. (provérbio cigano).


- Dona Maria me contou que o Exú Cigano, foi um cigano mourisco que se chamava Lerú. Ele chegou ao Brasil, junto com outros escravos da África e por aqui viveu. Como sabia ler, foi vendido para o dono de grandes armazéns, que o colocou como chefe. Muito esperto, Lerú começou a ajudar muita gente, que como ele, estava naquela triste situação. Ajudou tanto, mesmo correndo risco de vida, que um velho Tata africano lhe iniciou no culto. Ele foi o primeiro cigano a entrar na religião dos negros ! Então, depois que desencarnou, passou a trabalhar nas rodas e reuniões que ainda eram escondidas. Dizem que a primeira vez que deu seu nome, foi numa gira no Rio de Janeiro. Daí ganhou o apelido de Exú Cigano.
Seu Manuel fazia a distinção entre os espíritos ciganos da “Direita” e os exús ciganos da “Esquerda”. Para ele, Exú Cigano era o líder de outros ciganos que passaram pela Jurema ou outro culto afro-brasileiro em vida.
Na Jurema ou Catimbó, o líder dos espíritos ciganos é Mestre João Cigano. Perguntei a Tio Manolo se ele conhecia outros nomes de espíritos ciganos, chefiados por Exú Cigano.
- Tem o Exú Cigano do Oriente, Exú Cigano do Circo, Exú Cigano Calão (da Tribo Calon), Exú Cigano da Praça e Seu Giramundo Cigano (não confundir com o Exú Giramundo).
Segundo ele, tem também as Pombas Giras Ciganas, com suas histórias, lendas e magias. Porém, vamos deixar este interessante tema para outra edição do Jornal.


Salve o Povo Cigano !


Por Edmundo Pelizari - Publicado no JUS (Jornal de Umbanda Sagrada)
Que Oxalá nos abençoe sempre


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sábado, 16 de maio de 2015

CORRENTE DOS CIGANOS


Olá irmãos


Que a paz de Oxalá esteja com todos

Os Cigano Pertencem à uma linha de trabalhadores espirituais que busca seu espaço próprio pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".


São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira. Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.


Tem na Umbanda mais um alicerce espiritual, Amor incondicional à proteção da natureza. Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.


Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.


São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.


Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.


Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita, pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.


Santa Sara Kali é sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.


Os ciganos, são espiritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano. Em geral, tem seus rituais especificos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais. A santa protetora do povo cigano é "Santa Sara Cali". Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espitiruais, os espiritos ciganos trabalham para a cura de doenças espitiruais. Os ciganos, dentro da ritualistica umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos. As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que eles possam a vir trabalhar na linha de Exu.

Que Oxalá nos abençoe sempre



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quinta-feira, 14 de maio de 2015

CIGANOS NA UMBANDA

Olá irmãos


 Que a paz de Oxalá esteja com todos

São entidades que há muito tempo trabalham na Umbanda, mas normalmente se manifestam sob domínio da linha do oriente, entre outras. Isso é possível pelo fato da energia de trabalho ser a mesma, o que muda é a forma de manipular os fluídos, uma vez que os ciganos usam uma relação material, energética, elementar e natural, assim como o povo da esquerda, enquanto que o povo do Oriente manipula esses elementos através de seu magnetismo espiritual.


Sempre se faz necessário deixar claro que uma coisa é ‘Magia do Povo Cigano’, ou ‘Magia Cigana’, e outra coisa bem diferente são as Entidades de Umbanda que se manifestam nesta linha de trabalho. Existe uma pequena semelhança somente no poder da Magia, mas suas atuações são bem diferentes, pois as Entidades de Umbanda trabalham sob domínio da Lei e dos Orixás, conhecem Magia como ninguém e, principalmente, não vendem soluções ou adivinhações.


Entre as legiões de Ciganos os nomes mais conhecidos são: Cigano Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros. Da mesma forma temos as ciganas, como: Esmeralda, Carmem, Salomé, Carmencita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também.


Os espíritos que se manifestam como Ciganos na Umbanda não trabalham a serviço do mal ou para resolver nossos problemas a qualquer custo, mas é importante saber que eles dominam a MAGIA e preservam a LIBERDADE e, tanto quanto em qualquer outra linha de trabalho da Umbanda, teremos aqueles espíritos que não agem dentro do contexto da Lei, os chamados ‘quiumbas’, que se encontram espalhados pela escuridão e a serviço das Trevas. Portanto, é imprescindível o bom nível espiritual do médium para trabalhar com essa linha para que não atraia esses tipos de espíritos pela Lei da Afinidade.


Os Ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada Cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação. Uma das cores, a de vinculação vibracional, raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.


É muito comum os Ciganos usarem em seus trabalhos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes, baralho, espelho, dados, moedas, medalhas e até as próprias saias das ciganas, que são sempre muito coloridas, como grandes instrumentos magísticos de trabalho.


Os Ciganos são dotados de uma sabedoria esplendorosa, trabalham com lindos encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, escolhendo datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua.


Gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante música, dança, frutas, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, com jarras de vinho tinto com um pouco de mel e ainda podemos fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal ou mel. Não podemos esquecer: flores silvestres, muitas rosas, velas de todas as cores e, se possível, incenso de lótus.


Adoram fogueiras onde dançam e cantam a noite toda, aproveitando do poder das salamandras para consumir todo o negativismo e acender a chama interna de cada Ser.


Os Ciganos têm em Santa Sara Kali as orientações necessárias para o bom andamento das missões espirituais.


Salve o Povo Cigano!
Fonte:  Povo Cigano na Umbanda


 Que Oxalá nos abençoe sempre


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quarta-feira, 13 de maio de 2015

TRABALHO DE CIGANO NA UMBANDA

Olá irmãos

 Que a paz de Oxalá esteja com todos


Já comentamos que a corrente astral de Umbanda é aberta a todos os espíritos que queiram praticar a caridade, independentemente de suas origens terrenas e de suas encarnações. Houve época em que dirigentes umbandistas não aceitavam ciganos em seus trabalhos, mas a Umbanda acolhe em suas linhas de trabalho todos os filhos de Deus que queiram praticar a caridade.


Tamanha foi a simpatia do povo umbandista pelas entidades ciganas e grande foi a seriedade do seu trabalho, orientando com sabedoria, ensinando a beleza da criação e a alegria de viver, que foi criada uma “Linha” de ação específica para eles, com sua própria hierarquia, magia e ensinamentos.



Filhos do Vento – O Arquétipo da Liberdade


Uma característica marcante do povo cigano é a liberdade, em relação às nacionalidades, aos padrões sociais e aos preconceitos que escravizam. Os ciganos são poeticamente denominados “Filhos do Vento”, por sua liberdade, fluida mobilidade e errância, sempre ao sabor do vento, percorrendo os quatro cantos do mundo em sua mágica trajetória. Profundos conhecedores dos caminhos, em sua saga milenar vêm recolhendo conhecimentos iniciáticos de todas as culturas e tradições.


Outra característica marcante é o seu conhecimento magístico e curandeiro, principalmente nos campos da saúde e do amor. É lendária a vidência de seus magos e sacerdotisas, que utilizam o elemento espelho, para refletir o Tempo, a memória ancestral, os conhecimentos, a arte da cura e dom da vidência. Por meio das cartas ou outros suportes materiais como bolas de cristal, estralas do mar e simples copos de água, o futuro, o presente e o passado desdobram-se no vórtex temporal de suas visões.


Regidos pelo Tempo (Oiá) e pelo espaço (Oxalá), o povo cigano se move livremente tanto no espaço como no tempo.


Os Ciganos na Umbanda


Os primeiros ciganos acolhidos no Brasil no século XVI, enviados de Portugal como degredados, em 1574, para aqui trabalharem como ferreiros e ferramenteiros. Só vieram como autônomos a partir do século XIX, acompanhando o séqüito de D. João VI.


Na Umbanda, a presença de ciganos tem sido cada vez mais constante e, em muitos terreiros, eles próprios já pedem para que seus médiuns trabalhem com a roupa branca e tenham apenas os seus elementos magísticos, como lenços, baralhos, espelhos, adagas, anéis e outros. Nos déias de suas festas, podem ser utilizados os violinos, a cítara, a viola, os pandeiros e outros instrumentos característicos. A saudação a eles é: Salve o Povo Ciganos! Optchá! Arriba Meu Povo Cigano! Arrimerê!


Na Linha dos Ciganos encontramos espíritos que tiveram encarnações como ciganos e também espíritos que foram atraídos para essa linha por afinidade com a magia cigana. Por isso, os ciganos na Umbanda não têm obrigatoriamente que falar espanhol ou romanês, ler cartas ou fazer adivinhações. Há os espíritos ciganos que fazem isso porque já o faziam quando encarnados e outros não.


“O “povo” cigano tem suas cerimônias próprias e tem seus rituais coletivos adaptados à Umbanda e suas sessões são muito apreciadas e muito concorridas, pois seus trabalhos estão voltados para as necessidades mais terrenas dos consulentes.


É uma linha espiritual em franca expansão e temos até linhas de esquerda “ciganas”, tais como a do Senhor Exu Cigano e da Senhora Pomba-Gira Cigana, muito procurados pelos consulentes quando se manifestam nas sessões de trabalhos espirituais.” (Saraceni, Rubens – Umbanda Sagrada – Madras Ed.)


É uma linha espiritual especial, cujas entidades trabalham na irradiação dos diversos orixás, mas louvam sua padroeira, Santa Sara Kali-yê. Seus trabalhos também podem ser sustentados por Pai Ogum – orixá do ar , ordenador dos caminhos – e por mãe Egunitá – o fogo purificador – pois os ciganos sempre estão ao redor de suas fogueiras.
Na Umbanda, atuam como guias espirituais, de maneira extremamente respeitosa e sempre procuram mostrar o caráter fraterno do povo cigano, seu respeito com o alimento e a capacidade de repartir o pão. Aceitam o ritual umbandista, como meio evolucionista, e retribuem com suas ricas orientações e com a alegria de seus cantos e de suas danças.


Por Lurdes de Campos Vieira

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UMBANDISTA O LIXEIRO ESPIRITUAL

Olá irmãos


 Que a paz de Oxalá esteja com todos


"De todas as religiões que conheço, não vejo nenhuma outra que se disponha a enfiar a mão tão fundo no lixo para ajudar ao seu semelhante quanto a Umbanda. Nem vejo nenhuma outra fazer uma reciclagem tão ampla quanto a Umbanda. Muitas das religiões, mais novas ou mais velhas vêm, gradativamente, despejando cada vez mais seres perdidos, iludidos ou desiludidos, desequilibrados e inúteis após seu desencarne terreno para plano espiritual. Todos estes sinônimos se resumem em uma única palavra: lixo. Historicamente falando, quando a existência da comunicação era admitida pelas seitas e filosofias mais antigas que conhecemos, o auxílio dado aos seguidores de uma religião era simplificado. No entanto, com a expansão do poder dos colonizadores vieram novos conceitos e, o antes natural tornou-se então proibido. Trata-se do tempo tão conhecidos por todos, o tempo da Inquisição. Aqueles que praticavam as comunicações (os médiuns) com os recém nomeados demônios eram caçados e mortos. E o que estas novas religiões trouxeram para ocupar esta enorme lacuna? Nada. Sem o desenvolvimento da mediunidade, milhares e milhares de almas passaram por encarnações conturbadas, perseguidos por obsessores, sem encontrar um meio de reverter esta situação. Encarnando com problemas e desencarnando de forma pior ainda, não era possível nenhuma espécie de desenvolvimento íntimo de moral ou renovação dos verdadeiros conceitos cristãos. Imersos em seu desespero, estas almas são comparadas ao lixo que ninguém mais tem coragem de remover para dar um fim socialmente correto. Muitas são as casas espíritas nesta Terra abençoada, mas é curioso observar que quando aparece nestas casas um irmão "insano e arredio" não são todas estas que o assumem e lidam com ele do começo ao fim. Uma boa parte tenta afastá-lo dizendo "deixa isso para aqueles da Umbanda". Mas, meus irmãos, se ninguém coletasse os sacos de lixo que colocamos semanalmente em frente as nossas portas, o CAOS tomaria conta, trazendo pestes, pragas, doenças físicas de todos os modos. Se ninguém auxiliar estes irmãos que ao longo dos séculos vêm sofrendo, um CAOS ainda pior poderá se instalar. Pior por que para as enfermidades do corpo nossos médicos possuem a cura, mas para as da alma, quem a possui? Nós, médiuns trabalhadores! Os guias Umbandistas vão até o pior lugar imaginável para resgatar aquele que merece; nós, médiuns Umbandistas, cedemos com alegria no coração o nosso próprio corpo para o auxílio destes coitados. Nós os aceitamos como estiverem e fazemos tudo para recuperá-lo e ajudá-lo em sua evolução. Somos, portanto, o lixeiro que recolhe, recicla e devolve para o mundo algo maravilhoso. Serviço este que, infelizmente, são poucos os outros que também se propõe a fazer. Este apontamento, embora correto, não é o único que precisamos ter em nossas mentes. Não devemos ouvir calados comentários maldosos ou infelizes sobre nossa religião. Nós somos parte da elite da sociedade. Somos doutores formados por Olorum! Imagine um hospital. Entram simultaneamente dois pacientes: o primeiro, sofrendo de uma dor de cabeça; o segundo, todo arrebentado devido a um grave acidente automobilístico. Como estes pacientes serão tratados? O primeiro passará por um médico que lhe proporcionará um remédio para aliviar a dor. Enquanto isso será feitos exames detalhados que, com calma, serão analisados para a escolha do melhor tratamento a ser aplicado. Existe o tempo, existem os recursos... O segundo, passará por uma avaliação rápida. Se constatada a necessidade, será imediatamente operado. As decisões dos médicos devem ser mais rápidas, e, conseqüentemente, sem os recursos de exames mais detalhados, existe pressão e responsabilidades maiores. Pois eu digo que os médiuns e os guias da Umbanda formam a equipe que atende as emergências. Lidamos com situações terríveis e, por isso mesmo, temos de nos desenvolver como os melhores profissionais. Somos uma equipe de doutores! No hospital de Deus não existe equipe mais importante ou menos importante. Todas trabalham para a recuperação dos filhos Dele. Todos, mas cada um com sua obrigação, cada um na sua especialidade! Sou Umbandista - Lixeiro e Doutor - Graças a Deus!"

 Texto de Augusto Ventura.

 Que Oxalá nos abençoe sempre



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segunda-feira, 11 de maio de 2015

PRETOS-VELHOS

Olá irmãos


 Que a paz de Oxalá esteja com todos

Os Pretos-Velhos são divididos em "Povos" isto é cada vibração de Orixá Ganha o nome de um Povo, por exemplo todo Preto-velho de Angola vibra com Ogum e assim por diante vamos conhecer os Povos mais conhecidos:

PRETOS-VELHOS DE OXOSSI e o Povo da Guiné.

São os mais brincalhões, suas incorporações são alegres e um pouco rápidas irradia-se muito nas pernas principalmente do joelho pra baixo.

Esses Pretos-Velhos geralmente falam com várias pessoas ao mesmo tempo.

Possuem uma especialidade: A de receitar remédios naturais, para o corpo e a alma, assim como emplastros, banhos e compressas, defumadores, chás, etc… São verdadeiros químicos em seus tocos. – Afinal não podiam ser diferentes, pois são alunos do maior “químico” – Oxossi.

Conhecido como o Povo da Guiné adoram trabalhar com folhas, em matas e florestas, gostam de rios também.

Suas guias costumam ter as cores verde junto da famosa prata e branca. Adoram Longos cachimbos e cigarros de palha, chapéu de palha são sua marcas.

O Chefe do Povo da Guiné é PAI JOAQUIM da GUINÉ. Nomes conhecidos

Pai Jacó, Pai Joaquim de Jongo, Pai Guiné, Pai Arruda, Pai Joaquim, Pai Tobias.


PRETOS-VELHOS DE OGUM e o Povo de Angola.

São mais rápidos na sua forma incorporativa e sem muita paciência com o médium e as vezes com outras pessoas que estão cambonando e até consulentes. Irradiam principalmente nas costas.

São diretos na sua maneira de falar, não enfeitam muito suas mensagens, as vezes parece que estão brigando, para dar mesmo o efeito de “choque”, mais são no fundo extremamente bondosos tanto para com seu médium e para as outras pessoas.

São especialistas em consultas encorajadoras, ou seja, encorajando e dando segurança para aqueles indecisos e “medrosos”. É fácil pensar nessa característica pois Ogum é um Orixá considerado corajoso. Adoram trabalhar para Empregos e vida profissional.

Adoram Campos largos, cerrados, campinas, fumam somente cachimbo. Usam lenços vermelhos no pescoço, gorros vermelhos. Não gostam mto de chapéu.

Seu Chefe de Linha é o Pai Antonio de Angola. Outros pretos velhos: Pai José de Angola, Rei Congo, Pai Mané de Angola, Pai João Cambinda.


PRETOS-VELHOS DE OMULU e o Povo das Almas

São simples em sua forma de incorporar e falar. Exigem muito de seus médiuns, tanto na postura quanto na moral. É a linha mais pura de preto-velhos. Irradiam principalmente nos ombros e pescoço. Defendem quem é certo ou quem está certo, independente de quem seja, mesmo que para isso ganhem a antipatia dos outros. Agarram-se a seus “filhos” com total dedicação e carinho, não deixando no entanto de cobrar e corrigir também. Pois entendem que a correção é uma forma de amar. Devido a elevação e a antiguidade do Orixá para o qual eles trabalham, acabam transformando suas consultas em conselhos totalmente diferenciados dos demais Pretos-Velhos. Ou seja, se adaptam a qualquer assunto e falam deles exatamente com a precisão do momento. Como trabalha para Obaluaiê, e este é o “dono das almas”, esses Pretos-Velhos são geralmente chefes de linha e assim explica-se a facilidade para trabalhar para vários assuntos. Sua “visão” é de longo alcance para diversos assuntos, tornando-os capazes de traçar projetos distantes e longos para seus consulentes. Tanto pessoal como profissional e até espiritual. Assim exigem também fiel cumprimento de suas normas, para que seus projetos não saiam errado, para tanto, os filhos que os seguem, devem fazer passo a passo tudo que lhes for pedido, apenas confiando nesses Pretos-Velhos.Gostam de contar histórias para enriquecer de conhecimento o médium e as pessoas a volta. Seus trabalhos são sempre em cemitérios ou cavernas. Usam muito a cor preta, alguns usam chapéu de palha mas é dificil, preferem filas de pano com cruzes ou de crochê. Adoram cruzes, usam bengalas e são bem velhinhos são os vovôs.

Seu chefe de Linha é Pai Benedito, muitos desta linha não usam nomes compostos, outros negos: Pai Dito, Pai Roque, Pai Velho, Pai Preto, Pai Calunga, Pai Zeca. Um diferencial desta linha é que a

maioria são Africanos. Não foram escravos!

PRETOS-VELHOS DE OXALÁ e o Povo de Aruanda.

São bastante lentos na forma de incorporar, tornam-se belos principalmente pela simplicidade contida em seus gestos. Irradiam na Testa e Moleira

Raramente dão consulta, sua maior especialidade é dirigir e instruir os demais Pretos-Velhos.

Cobram bastante de seus médiuns, principalmente no que diz respeito a prática de caridade, bom corpontamento moral dentro e fora do terreiro, ausência de vícios, humildade; enfim o cultivo das virtudes mais elevadas.

Gostam de Estradas Desertas, Se vestem sempre de branco, são muito simples, a maioria não fuma, trabalham com a vela acessa na mão, gostam de vinho, uma particularidade é que não gostam de ficar sentados, alguns dão consulta de Pé. Não usam bengalas, preferem cajados na altura dos cotovelos.

Seu chefe de Linha é Pai José de Aruanda, outros negos: Pai João da Caridade, Pai André, Pai Cipriano.


PRETOS-VELHOS DE XANGÔ e o Povo de Quenguelê.

Sua incorporação é rápida como dos negôs de Ogum.

Assim como os caboclos de Xangô, trabalham para causas de prosperidade sólida, bens como casa própria, processo na justiça e realizações profissionais. Irradiam principalmente na parte pélvica. São os mais" Pesados".



Passam seriedade em cada palavra dita. Cobram bastante de seus médiuns e consulentes.


Gostam de Chapéu de Palha, Chapéu de Feltro. Adoram Bengalas de tronco. Preferem coisas simples das matas, fumam cachimbos e cigarros de palha. gostam de pedreiras e montanhas.

Seu Chefe de Linha é Pai João Quenguelê, outros desta linha: Pai Jerônimo, Pai Miguel, Pai João do Toco, Pai N´Zumbá, Pai Pedro, Pai Franscisco.


PRETOS-VELHOS DE IEMANJÁ e o Povo de Congo


São belos em suas incorporações, contudo mantendo uma enorme simplicidade. Sua fala é doce e meiga. Irradiam bastante na Coluna.

Sua especialidade maior é sem dúvida os conselhos sobre laços espirituais e familiares. São bem faladores. Gostam também de trabalhar para fertilidade de um modo geral, e especialmente para as mulheres que desejam engravidar.

Utilizando o movimento das ondas do mar, são excelentes para descarregos e passes.

Gostam de Trabalhos na Praia e encostas. os Preto Velhos adoram chapéus de Palha, são um pouco pescadores. Adoram roupa azul clara, as pretas adoram panos de cabeça, o principal simbolo do povo de congo são os Búzios.

Suas Guias sempre tem búzios, adoram cachimbos e fumos doces. As Congas adoram pulseiras e enfeites. As Negas ainda gostam de xalés brancos.

Sua Chefe de Linha é Vovó Maria Conga, outras negas: Vó Ana Conga, Vó Cambinda, Vó Maria, Vó Preta, Vovó Maria Preta. Vó Rita. Mãe Conceição;

PRETO-VELHO DE IBEJI e o Povo do Oriente

Sãos os mais leves, trabalham para o rito de cura, ótimos em passes energéticos. Se apresentam como novos, magros. Usam quipás, chapéus grandes de palha. Fumam cigarros de canela, cachimbos. A Maioria desses pretos velhos encarnaram em países asiáticos e extremo oriente.


São chefiados pelo Pai Tomé do Oriente, outros negros: Pai Jacob, Pai Zarthu, Pai Cosme, Pai Damião, Pai Crispin, Pai Crispiniano.


PRETOS-VELHOS DE OXUM e o Povo da Cambinda

São mais lentos na forma de incorporar e até falar. Passam para o médium uma serenidade inconfundível. Irradiam nas Coxas e Joelhos

Não são tão diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa para que uma verdade dolorosa possa ser escutada de forma mais amena, pois a finalidade não é “chocar” e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o assunto que está sendo falado.

São especialistas em reflexão, nunca se sai de uma consulta de um Preto-Velho de Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior. As vezes é comum sair até mais confuso do que quando entrou, mas é necessário para a evolução daquela pessoa

Gostam de Rios e Riachos, Adoram Saias e rendas na cabeça. Usam Bengalas, apesar do amarelo, adoram roxo. Fumam cachimbo, preferem os brancos.

Sua chefe de Linha é Vó Cambinda, outras negas: Vó Cida, Mãe Sebastiana, Vó Luzia, Vó Serafina.


PRETOS-VELHOS DE NANÃ e o Povo do Cruzeiro

Sua maneira de incorporação é de forma mais envelhecida ainda. Lenta e muito pesada. Irradiam nos Braços e ombros Enfatizando ainda mais a idade avançada.

Falam rígido, com seriedade profunda. Não brincam nas suas consultas e prezam sempre o respeito, tanto do médium quanto do consulente, e pessoas a volta como: cambonos e pessoas do terreiro em geral e principalmente do pai ou da mãe de santo. Cobram muito do seu médium, não admitem roupas curtas ou transparentes. Seu julgamento é severo. Não admite injustiça.


Costumam se afastar dos médiuns que consideram de “moral fraca”. Mais prezam demais a gratidão, de uma forma geral. Podem optar por ficar numa casa, se seu médium quiser sair, se julgar que a casa é boa, digna e honrada. É difícil a relação com esses guias, principalmente quanto há discordância, ou seja, não são muito abertos a negociação no momento da consulta.

São especialistas em conselhos que formem moral, e entendimento do nosso karma, pois isso sem dúvida é a sua função. Gostam de Lagoas e Chuvas. Sempre com seus panos na cabeça as vovós são bem velhinhas e curvadas, usam bengala e andam devagar. Seu simbolo é a cruz de caravaca e cruzes de madeira.

Adoram presentes de barro.

Sua Chefe de Linha é Vó Ana do Cruzeiro. outras negas desta linha: Vó Zulmira, Vó Joana, Vó Tereza, Vó Catarina, Mãe Benedita;


PRETOS-VELHOS DE IANSÃ e o Povo do Jacutá

São rápidos na sua forma de incorporar e falar. Assim como os de Ogum, não possuem também muita paciência para com as pessoas. Irradiam no PeitoEssa rapidez é facilmente entendida, pela força da natureza que os rege, e é essa mesma força lhes permite uma grande variedade de assuntos com os quais ele trata, devido a diversidade que existe dentro desse único Orixá.

Geralmente suas consultas são de impacto, trazendo mudança rápida de pensamento para a pessoa. São especialistas também em ensinar diretrizes para alcançar objetivos, seja pessoal, profissional ou até espiritual.

Entretanto, é bom lembrar que sua maior função é o descarrego. É limpar o ambiente, o consulente e demais médiuns do terreiro, de eguns ou espíritos de parentes e amigos que já se foram, e que ainda não se conformaram com a partida permanecendo muito próximos dessas pessoas. Trabalham em descampados, lugares áridos. Gostam de Saias grandes e rodadas.

Usam panos de Cabeça rendados com tons amarelos; Sua roupagem são de negras grandes e gordas.


Sua chefe de linha é Vó Maria Redonda, outras negas: Vó Tiana, Vó Bárbara, Tia Maria de Minas.


Existem ainda outors povos menores como: Povo da Mina, Povo da Costa, Povo Nagô, Povo Sudanês, Povo da Bahia entre outros...
   


 Que Oxalá nos abençoe sempre



 Saravá .'.
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sábado, 9 de maio de 2015

PRETOS VELHOS NA UMBANDA

Olá irmãos

 Que a paz de Oxalá esteja com todos


PRETOS-VELHOS

Com certeza a mais carismática entidade que povoa os terreiros de Umbanda. A mística do Preto Velho é fruto de condições e circunstâncias únicas em terras brasileiras.

A sofrida vida dos escravos, trazidos da África, já bastante documentada e comentada, fazia com que os indivíduos, em função do penoso e extenuante trabalho a que eram submetidos, somado aos maus tratos, vivessem, em média, somente sete anos após sua chegada ao Brasil.


Dizem que em vida, foram grandes sacerdotes do culto dos Orixás; que viveram muitos anos devido a seus conhecimentos mágicos, alcançaram a sabedoria e usam estes conhecimentos misturados a um pouco de bruxaria, para os trabalhos de cura e descarrego.


Porém, algumas histórias nos dizem que eles foram homens comuns, que alcançaram a redenção espiritual através dos suplícios do cativeiro. A sua tolerância ao martírio, sem manifestar revolta ou ódio pelos seus algozes e o profundo amor indiscriminado pela humanidade, os ascendeu a um patamar de mestres espirituais.

A informalidade e humildade destas entidades fazem os fiéis se sentirem descontraídos, como se estivessem na presença de um membro da família ou um velho amigo mais sábio, que lhes atende e aconselha falando francamente, procurando ajudar a resolver seus problemas.



Pretos-velhos costumam ter nomes compostos como exemplo: Vovó Maria Conga, Pai Joaquim de Guiné, Pai José de Angola, mas o porquê destes nomes? Os povos no qual o preto-velho se refere, é a linha vibratória do seu Orixá, é certo que todo preto-velho vibra originariamente na linha e Obaluaê, mas poucos não entrecruzam com outras linhas de outros Orixás.   CLIQUE E CONHEÇA TODOS OS PRETOS VELHOS
 Que Oxalá nos abençoe sempre


 Saravá .'.
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quinta-feira, 7 de maio de 2015

RITUAIS DA UMBANDA

Olá irmãos

 Que a paz de Oxalá esteja com todos


A Umbanda é uma Religião Ritualística, isto se dá desde sua fundação. Lá em 1908 quando nosso irmão e Codificador Zélio Fernandino de Moraes não praticava muitos rituais, Porém com a vinda dos preto-velhos, entidades mirongueiras, rezadoras trouxe para nossa religião alguns rituais.

Tribal? Arcaica? Ultrapassada? Não importa nós Umbandistas temos rituais para tudo, para acender uma vela, para falar com uma entidade, para fazer algo dentro do terreiro.Cada orixá uma saudação, Cada entidade um cumprimento diferente, Rituais e mais rituais.


Temos que entender que nossa Religião porém sendo “NOVA” a sua codificação segue preceitos de décadas, séculos e até milênios atrás, Somos um religião que tem um pouco de cada doutrina, o ato de “bater cabeça” é a reverência que se faz ao Orixá, a um guia ou até mesmo a um pai, assim como “Pedir a Benção” toda essa ritualística tem o seu porque tem o seu fundamento. Hoje em nossa Umbanda noto que os Fundamentos se perdem e dão lugar a atitudes que não condizem ou a supérfluos. Preocupamos-nos com bobagens e coisas pequenas. Vestimos ogum mas a ele não damos se quer um pouco do tempo, enfeitamos a casa de preto-velho e não vestimos a verdade humildade que eles nos passam.


A Umbanda não é atrasada, ela acompanha a modernidade e o mundo, porém ela não esquece dos fundamentos mais antigos passados de geração em geração. Pois como diz o Ponto “ Umbanda tem fundamento e é preciso preparar”. Os fundamentos e rituais não surgem na cabeça do Pai de Santo Ocioso em sua casa, todo ritual tem o seu fundamento seja ele explicado ou até mesmo oculto muitas vezes, quando nós médiuns, filhos de uma casa nos comprometemos, deitamos ao pé do congá e afirmamos nossa certeza espiritual ligada aquela casa, nós aceitamos todos seus rituais e fundamentos.



Fundamento não é discutível, não existe “Não vou fazer”, “Não aceito” Fundamento é coisa séria e entra na confiança na casa e ao seu dirigente espiritual, Se você filho de uma casa não aceita tal fundamento ,está no local, casa ou religião errada, a Umbanda e nenhuma casa pode mudar suas raiz por que tem folhas novas, as folhas que devem seguir e respeitar as raízes pois são elas que sustentam a grande árvore que é uma “CASA de SANTO”.

Na Umbanda todos dentro de uma casa Têm voz, mas o mais velho fala mais alto pois conhece mais que o mais Novo, cabe ao mais novo ouvir e aprender para que ensine o mais velho, não somos uma religião literária os conceitos, ensinamentos e fundamentos são passados através de conversas e rituais. Por isso Antes de Falarmos na Umbanda precisamos ter ouvido Muito...


E Como a Umbanda nos ensina pela voz é em um ponto que aprendemos mais ainda:



“Umbanda é de se conservar, Umbanda é de se conservar, Salve a Banda de Pai João que a Umbanda é de se conservar”
 Que Oxalá nos abençoe sempre



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CAMINHO... "Sim, seu caminho é a Umbanda enquanto você valorizar a experiência espiritual com os Orixás, Guias e Mensageiros do Astral que se desdobram em muitas formas para te auxiliar. Seu caminho é e sempre será a Umbanda, enquanto você acender uma vela e sentir que ela fala contigo, enquanto você escutar o som do atabaque e seu corpo aquecer num compasso de vibrações e arrepios, enquanto você sentir o aroma das ervas transmutadas em fumaça ao contato com a brasa incandescente e for acometido da sensação de estar sendo transportado para outro lugar, a Umbanda continuará sendo seu caminho enquanto o brado dos Caboclos te arrepiar, o silêncio dos Pretos Velhos te emocionar, o gracejo dos Baianos te alegrar, a sinceridade dos Exus te curvar, a simpatia das Pomba Giras te atrair e a ciranda dos Erês te relembrar que, apesar dos pesares, o mais importante é não perder a pureza das crianças. Sim, seu lugar é no Templo que frequenta, enquanto os espíritos regentes ainda forem referências de aprendizado, enquanto você sentir saudade ao final de cada gira, enquanto os objetivos espirituais e materiais também forem os seus objetivos, enquanto o sentimento de irmandade não se dissipar facilmente em momentos de atritos e conflitos naturais, enquanto você preservar o respeito e lealdade ao seu Sacerdote ." - Sr. Caboclo Tupinambá

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Léo Del Pezzo, ou Pai Léo das Pedreiras. Médium Umbandista á 19 anos, consagrado Pai Espiritual.Dedica todo seu sacerdócio para levar o entendimento de conhecimentos esotéricos, filosófico e teologicos ,exaltando a "Umbanda", Escritor do livro: "SENZALA - A PRISÃO DA ALMA"