terça-feira, 7 de novembro de 2017

MATERIALIDADE X MEDIUNIDADE

Olá irmãos


Que a paz de Oxalá esteja com todos

Desde muito cedo na vida mediúnica aprendemos, que a materialidade deve ficar do lado de fora dos Terreiros, tudo aquilo que é material contamina como um óleo sujo a água pura e cristalina que nós chamamos de Espiritualidade, Porém fica a pergunta até que ponto a Materialidade prejudica nossa caminhada espiritual.
Desde cedo nós médiuns aprendemos a destruir sentimentos puramente materiais como a Vaidade, a Soberbia, a avareza entre outros, e sim nos apegarmos com sentimentos nada materiais a exemplo da Humildade.

A Humildade pilar básico da mediunidade, o princípio de um caminho tortuoso porém de oportunidade únicas, mas quantas vezes não somos pegos comento a “materialidade” de nossos feitos, ou pior ainda “Materializamos” nossas entidade. E isto é um grande erro.
Um dos mandamentos descritos por Moisés é: “Não dizer o nome de Deus em vão”, ora se o Umbandista seguisse isso...  Quantos Exus não são ditos em vão, em postagens de facebook, sem qualquer tipo de finalidade?
Este conceito de Deus Judaico dá base para  filosofia do impalpável, seguinte os três pilares judaico-cristão da Onipresença, Onipotência e Onisciência.  Esta filosofia dá base a Igreja Católica encher seus altares com Santos. Enquanto que Deus não pode ser reproduzido. 

A Umbanda uma religião sincrética que começou seu culto com imagens de santos católicos, ainda vive escrava de “Imagens” e “Arquétipos”.  Não é muito difícil pensadores umbandistas serem contra as imagens católicas, porém se prendem a imagem de resina dos Orixás africanos, ou pior se prendem a materialidade das entidades que incorporam:
Isso prova a deficiência de muitos nós Umbandistas, que incrédulos com a espiritualidade tentamos buscar a todo momento provar e “apalpar” nossa mediunidade, dando pra ela tons materiais, automáticos e muitas vezes grotescos. Não é muito difícil vermos casas de umbanda “padronizando” entidade, todos fumam cachimbo, todos usam bradam a mesma sílaba, todos usam cartolas iguais.  Esta Materialidade é muito prejudicial. Por vezes ressalto a todos, não tornem suas incorporações automáticas, sintam a energia, sintam a presença da entidade, sintam a centelha divina naquele momento em sua aura.

Por vezes também não entendemos, e deixamos que a materialidade nos prejudique, muitos médiuns não aceitam mesmo dentro de uma casa que fiquem desempregados, que tenham doenças, problemas judiciais, entendam irmãos, as entidades falam conosco espiritualmente, quando contaminamos essa comunicação com a materialidade dos fatos, infelizmente nos afastamos e não as ouvimos mais. Uma vida de caridade não nos dá o direito de uma vida sem problemas e aprendizados.
Ora Irmãos não tentamos materializar nosso culto, acreditemos no espiritual, acreditemos no mágico, acreditemos no Sobrenatural,  pois tudo que é muito palpável fica banal, não podemos banalizar nossas entidade, nem nosso culto, tudo dentro da umbanda é mágico e quebrar a magia, tentando deixa-la cética é um erro e uma abertura para o animismo e para a mente criar fantasias. 

Por tanto ao buscarmos conhecimento não devemos nunca naturalizar o sobrenatural, devemos respeitar o mistério, a magia e a espiritualidade da umbanda, pois ela é impalpável, ela é Imaterial.  E na próxima vez que você ouvir “Quem me protege não dorme” com uma imagem de internet, pense se realmente o Exu está mesmo preocupado com aquilo ou está fazendo seu verdadeiro trabalho, entidade não é amigo nosso, entidade é Guardião dos nossos caminhos.

Que Oxalá nos abençoe sempre



Saravá .'.

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